Pensei nisto hoje, achei meio estranho ter estas coisas esquisitas na mente quando se sabe que black-friday na nação tupi-guarani e Papai Noel não existem, mas na última hora as pessoas acabam fazendo uma fezinha.
Vamos lá - hipoteticamente - primeiro deveria considerar que Papai Noel é um ser senciente, consciente e onisciente. E não é um deus, uma divindade, então não é único, não faz milagres, não cria as coisas a partir da sua vontade, até mesmo por que Papai Noel só funciona em cima do desejo do outro. Isto é fantástico - Papai Noel é o vetor do desejo entre o doador e o receptor.
Então temos vários papais noeis (ou noels?) atendendo desejos? Sim e não. Tem aqueles que acertam, tipo uns 5%, os que fazem alguma coisa, tipo 25% e os que sacaneiam, lembrando que apenas 25% da população mundial, em tese, é cristã. Então, para 75% não existem estas lendas malucas.
Então temos vários papais noeis (ou noels?) atendendo desejos? Sim e não. Tem aqueles que acertam, tipo uns 5%, os que fazem alguma coisa, tipo 25% e os que sacaneiam, lembrando que apenas 25% da população mundial, em tese, é cristã. Então, para 75% não existem estas lendas malucas.
Dentro destes 25% da população mundial, tem aqueles casos onde a pessoa nem desejou e ganha assim mesmo, e tem aqueles casos onde a pessoa não mereceu e ganhou assim mesmo e também tem aqueles casos que a pessoa fez tudo por merecer e ganhou nada, nem uma banana do bom velhinho. Então, o que tem de bom neste sujeito? Seja lá o que for, a estratégia de marketing funciona que é uma beleza.
Em 1920, a mais poderosa e famosa indústria de refrigerantes do mundo começou-se a criar o personagem, baseado num poema de Clement Clarke Moore* (poema abaixo).
O personagem foi inspirado em São Nicolau, bispo católico que viveu no século IV na cidade de Mira, atual Turquia. Diz a lenda que Nicolau presenteava as crianças no dia de seu aniversário, em 6 de dezembro. Nos séculos seguintes se espalhou pela Europa e a data da entrega de presentes acabou se confundindo com o nascimento de Cristo. Quando a história chegou à Alemanha, no século XIX, o personagem ganhou roupas de inverno, renas, um trenó de neve e uma nova casa: o Polo Norte.
Nessa época, Noel ainda era representado como um homem alto e magro com roupas que variavam de cor - dependendo do relato, elas eram azuis, amarelas, verdes ou vermelhas. A silhueta rechonchuda, o rosto barbudo e os trajes vermelhos que conhecemos hoje apareceram pela primeira vez em 1881, nos Estados Unidos.
O nome “Santa Claus”, como Noel é conhecido em inglês, é uma adaptação de “Sinterklaas”, forma como São Nicolau era chamado pelos holandeses, que levaram suas tradições natalinas para colônias na América. Já por aqui, a origem da expressão "Papai Noel" tem raízes no idioma francês, no qual Noël significa "Natal". Ou seja, no Brasil, o bom velhinho ganhou um carinhoso nome que significa literalmente "Papai Natal".
Uma visita de São Nicolau
Clement Clarke Moore - 1779-1863
Era a noite antes do Natal, quando toda a casa
Nem uma criatura estava mexendo, nem mesmo um rato;
As meias foram penduradas na chaminé com cuidado.
Na esperança de que São Nicolau logo estivesse lá;
As crianças estavam aninhadas em suas camas,
enquanto visões de ameixas dançavam em suas cabeças;
E mamãe em seu lenço e eu de boné.
Acabamos de descansar nossos cérebros para uma longa soneca de inverno.
Quando no gramado surgiu um barulho tão grande,
eu me levantei da cama para ver qual era o problema.
Longe para a janela, voei como um flash,
Tore abriu as persianas e vomitou a faixa.
A lua no seio da neve recém-caída
dava o brilho do meio do dia aos objetos abaixo,
Quando, o que, para meus olhos imaginativos, deveria aparecer?
Mas um trenó em miniatura e oito renas minúsculas.
Com um motorista velho, tão animado e rápido,
eu soube em um momento que devia ser St. Nick.
Mais rápido do que as águias, seus coursers vieram,
e ele assobiou, e gritou, e os chamou pelo nome;
"Agora, Dasher! Agora, Dançarina! Agora, Prancer e Vixen! Vamos
, Cometa! Vamos, Cupido! Vamos, Donder e Blitzen!
Para o topo da varanda! Para o topo da parede!
Agora corra! afaste tudo! "
Como folhas secas que antes do furacão selvagem voam,
Quando se depararem com um obstáculo, subam ao céu;
Assim, até o topo da casa, voavam as gravatas,
com o trenó cheio de brinquedos e também São Nicolau.
E então, num piscar de olhos, ouvi no telhado
o empilhamento e a batida de cada casco.
Quando entrei na minha cabeça e me virei,
pela chaminé, São Nicolau veio com um nó.
Ele estava todo vestido de peles, da cabeça aos pés,
e suas roupas estavam manchadas de cinza e fuligem;
Um pacote de brinquedos que ele havia atirado nas costas,
e ele parecia um vendedor ambulante apenas abrindo sua mochila.
Os olhos dele - como eles brilhavam! suas covinhas, que alegre!
Suas bochechas eram como rosas, seu nariz como uma cereja!
Sua boquinha fofa estava desenhada como um arco,
e a barba do queixo era branca como a neve;
O toco de um cachimbo ele segurava firme nos dentes,
e a fumaça que circundava sua cabeça como uma coroa de flores;
Ele tinha um rosto largo e um pouco de barriga redonda,
que tremia quando ele ria, como uma tigela cheia de geléia.
Ele era gordinho e rechonchudo, um elfo velho e alegre,
e eu ri quando o vi, apesar de mim;
Um piscar de olhos e um giro de cabeça,
Logo me fez saber que não tinha nada a temer;
Ele não falou uma palavra, mas foi direto ao seu trabalho,
e encheu todas as meias; depois virou-se com um empurrão,
e afastou o dedo do nariz
e, assentindo com a cabeça, subiu pela chaminé;
Ele saltou para o trenó, sua equipe deu um assobio,
e todos eles voaram como o cardo,
mas eu o ouvi exclamar, antes que ele sumisse de vista:
"Feliz Natal a todos e a todos um bom- noite."
A Visit from St. Nicholas
Clement Clarke Moore - 1779-1863
'Twas the night before Christmas, when all through the house
Not a creature was stirring, not even a mouse;
The stockings were hung by the chimney with care,
In hopes that St. Nicholas soon would be there;
The children were nestled all snug in their beds,
While visions of sugar-plums danced in their heads;
And mamma in her ’kerchief, and I in my cap,
Had just settled our brains for a long winter’s nap,
When out on the lawn there arose such a clatter,
I sprang from the bed to see what was the matter.
Away to the window I flew like a flash,
Tore open the shutters and threw up the sash.
The moon on the breast of the new-fallen snow
Gave the lustre of mid-day to objects below,
When, what to my wondering eyes should appear,
But a miniature sleigh, and eight tiny reindeer,
With a little old driver, so lively and quick,
I knew in a moment it must be St. Nick.
More rapid than eagles his coursers they came,
And he whistled, and shouted, and called them by name;
"Now, Dasher! now, Dancer! now, Prancer and Vixen!
On, Comet! on, Cupid! on, Donder and Blitzen!
To the top of the porch! to the top of the wall!
Now dash away! dash away! dash away all!"
As dry leaves that before the wild hurricane fly,
When they meet with an obstacle, mount to the sky;
So up to the house-top the coursers they flew,
With the sleigh full of Toys, and St. Nicholas too.
And then, in a twinkling, I heard on the roof
The prancing and pawing of each little hoof.
As I drew in my head, and was turning around,
Down the chimney St. Nicholas came with a bound.
He was dressed all in fur, from his head to his foot,
And his clothes were all tarnished with ashes and soot;
A bundle of Toys he had flung on his back,
And he looked like a pedler just opening his pack.
His eyes—how they twinkled! his dimples how merry!
His cheeks were like roses, his nose like a cherry!
His droll little mouth was drawn up like a bow
And the beard of his chin was as white as the snow;
The stump of a pipe he held tight in his teeth,
And the smoke it encircled his head like a wreath;
He had a broad face and a little round belly,
That shook when he laughed, like a bowlful of jelly.
He was chubby and plump, a right jolly old elf,
And I laughed when I saw him, in spite of myself;
A wink of his eye and a twist of his head,
Soon gave me to know I had nothing to dread;
He spoke not a word, but went straight to his work,
And filled all the stockings; then turned with a jerk,
And laying his finger aside of his nose,
And giving a nod, up the chimney he rose;
He sprang to his sleigh, to his team gave a whistle,
And away they all flew like the down of a thistle,
But I heard him exclaim, ere he drove out of sight,
"Happy Christmas to all, and to all a good-night."
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