logo quando concebido
nas mãos de um anjo,
abduzido do paraíso.
Sentia a expansão tesa
sumiram as luzes dos astros
desconhecia as vozes ao longe
e tive medo de morrer
Estranho retumbar surdo
batia sobre a existência
uma voz grave gritava
e o mundo jazia em prantos
Na solidão, choro miúdo,
voz embargada e tato firme
pressionando meu ser
com canções de acalanto
Ouvi grito desesperado
algo rompeu de súbito,
entranhas me empurravam
tragédia, dor, medo
Que loucura o mundo pensei,
fazendo de mim sua parte nova
franzi a testa, enchi-me do éter
e assustado chorei a liberdade.
É isto aí!
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