Então, Carminha, o que de fato ocorreu?
- Como assim, de fato, Armando?
Responde com uma pergunta por não ter respostas?
- Ter respostas?
Mantém o instinto de preservação da sua versão, mantendo
questionamentos nas respostas.
- Ando contemplativa, sei lá, estou misteriosa demais comigo
mesma.
Sinistro isto daí!
- Não, tem nada de sinistro, Armando, eu explico ou não explico,
não sei.
Carminha, você está saindo do foco da questão.
- Foco? Um ponto para onde convergem os raios luminosos? Não
existe isto.
O que não existe, Carminha?
- Como eu, uma pessoa iluminada, sem modéstia, gostosa e
sedutora, abandono o foco?
Entendo, mas agora diga o que de fato ocorreu.
- Não vai mais perguntar? Será imperativo agora?
Não! Não vou mais perguntar. Quero a verdade.
- Quero isto, quero aquilo, quem você pensa que sou?
Vai falar ou terei que buscar as respostas em outra fonte?
- Ah! Voltaram as indagações... então tem dúvidas...não confia mais em mim.
Eu não tenho dúvidas. Eu não sei o que você fez, mas quero ouvir
de você por que está estranha!
- Nervosinho, hem... demorou!!!
Não estou nervosinho, nem doido, há algo, mas não sei o que é....
- Humm, então está atento aos meus mínimos erros, como suspeitei.
Do que você suspeitou, Carminha?
- Não falo...
Fala Carminha, pelo amor de Deus, fala o que sabe...
- Não falo!!
Olha, vou dar uma volta, refrescar as ideias e na volta você
fala?
- Pode ser...
Carminha, eu te amo, e quando eu voltar não poderá existir
segredos entre nós...
- Sim, amor, claro... -
Alô? Beto??? Ele saiu para espairecer. Não se preocupe, amor, ele não
sabe de nada entre nós...
Então, Carminha, o que de fato ocorreu?
- Como assim, de fato, Beto?
Responde com uma pergunta por não ter respostas?
- Ter respostas?
Está bom, então, Carminha...
- Como assim, que bom? Você está com alguém aí, Beto? Beto??Fala a verdade, Beto, quero a verdade...
Que isto, amor, estou sozinho...
É isto aí!
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Gratidão!