Estava com os pés inchados, muito inchados. Toda vez que isto ocorria era por que sua dose de tristeza tinha sido muito elevada. Dor na nuca indicava tensão, zumbido nos ouvidos ocorria quando estava sob forte stress, joelhos estalando significava que não estava andando na direção certa.
Quando ouvia o canto a sabiá, sabia que estava entrando no tempo das águas. Quando as andorinhas faziam ninho no forro da casa, sabia que o verão era seria bom. Quando recebia os anus brancos no muro, observava se iriam cantar e dançar. Se assim fosse, informavam morte na família.
Quando o céu amarelava no poente, viria o frio. Quando a lua cheia promovia um halo ao seu redor, sabia calcular as chuvas. Quando as corujas piavam na sua janela, sabia que tinha que pensar mais sobre alguma coisa. Quando as formigas enlouqueciam atrás de alimentos, sabia que a chuva seria prolongada e perigosa.
Hoje ninguém sabe mais nada sobre isto, a não ser que saia nas redes sociais. Têm medo de tanajura, que trás o fim da primavera, têm medo das baratas, que anunciam chuvas torrenciais, tem medo de cigarras que anunciam o raiar de uma nova vida.
Agrotóxicos agora são defensivos agrícolas. Inseticidas são protetores da qualidade de vida, pqp, até quando tudo isto?
É isto aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!