Depois dos hinos, louvores e unções com óleo especial de canola - naturalmente adocicado com essência de Alfazema para as mulheres e Laranja Pera Rio para os homens - o Coral entoou o Hino Oficial do Templo, que consistia num apelo subliminar bastante envolvente, de obstinação dizimal esplendorosa aos neurônios dos ouvintes, com segmentos de indução ao valor que vale a fé na escala fidelizante.
Em seguida o Mentor da Ordem das Coisas anuncia com fervor o palestrante Jaquelander Blues, o santo do 5° Grau do 3° Céu, revestido do Grande Manto Místico da Ordem dos Templários Salvíficos. O homem surgiu de uma cortina de fumaça, do alto de uma escadaria cenográfica e desceu placidamente olhando para o além.
Quando estava no último degrau, doze homens de estatura elevada, coincidentemente sentados na frente de toda a assembleia, levantaram-se em uníssono e exclamaram - vejam, o Orador Jaquelander está sendo arrebatado. Uma luz cintilante brilhou no alto, ouviram-se coro de anjos. Os fieis ficaram em êxtase total, alguns delirantes, outros histéricos.
Maestro Apostolado Lindomar Flores D'Água imediatamente tomou a palavra e exclamou enfaticamente que Jaquelander fora arrebatado ali por misericórdia dos céus, e principalmente por que fora um grande dizimista, dos mais generosos. Pela fé, Templo, pela Fé e pela Obra aceitamos Pix, Cartão de Débito, Cartão de Crédito e Dinheiro em espécie, irmãos... lembro que o céu não troca cheque.
Jaquelander ficou com 20% da grande arrecadação daquele dia, e partiu em nova missão, com outro nome e novo título.
Fonte da imagem: UFMG Telescópio Hubble
É isto aí!
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