quarta-feira, 2 de agosto de 2023

O Shoá — o Holocausto: foi humanamente criminoso


Foto: Prisioneiros judeus no campo de concentração em Ebensee, Áustria.

"O holocausto não foi um simples crime cometido por nazistas contra judeus. Foi um crime cometido por seres humanos contra seres humanos.” (Michael Stivelman -1928)

Lembrei deste aforismo acima ao ouvir de um Deputado por Minas Gerais, famosinho, neófito das más causas públicas, afirmar ontem o direito de negar o Holocausto. Tão cruel quanto negar o Holocausto é apoiar e se travestir da ideologia dos assassinos do semitismo no século XX.

Museu do Holocausto: Lembrar e estudar o Holocausto nos permite gerar valiosas lições para a atualidade. Para isso, é fundamental explicar que a Shoá se desenvolveu como um processo histórico gradual que não se iniciou com os campos de concentração e extermínio, mas com atitudes e decisões que, quando analisadas somente pelo seu resultado final, parecem “menores”, como, por exemplo, a discriminação racial, a corrosão da democracia, o desrespeito à pluralidade dentro de uma sociedade e mecanismos burocráticos e impessoais de classificação e exclusão. Esses processos iniciais não determinaram a ocorrência do genocídio, mas criaram as condições que o possibilitaram e demonstram como homens e mulheres comuns puderam, imersos nesse processo histórico, transformarem-se em genocidas.

A História documentada¹, a História da Tradição, a História da Europa ensina que o antissemitismo foi a base do Holocausto. O antissemitismo, o ódio ou preconceito contra os judeus, era um princípio básico da ideologia nazista. Esse preconceito, que já era disseminado, piorou em toda a Europa.

A perseguição dos judeus pela Alemanha nazista evoluiu e se tornou cada vez mais radical entre os anos de 1933 e 1945. Essa radicalização culminou com o assassinato em massa de 6 milhões de judeus.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha nazista, seus aliados e colaboradores mataram quase dois dentre três judeus europeus através da utilização de condições de vida letais, maus-tratos brutais, fuzilamentos e uso de câmaras de gás em massa e campos de extermínio especialmente projetados para tal.

Acredito que negar o assassinato covarde e cruel de seis milhões de judeus entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos é a negação da verdade, a negação da História e da crueldade humana, sob a égide de uma coisa estúpida chamada nazismo.

*¹História Documentada: Enciclopédia do Holocausto


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