sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Noite cheia de estrelas - Martinho da Vila





Página no Youtube: Martinho da Vila
Fonte no Youtube: Noite cheia de estrelas
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Noite Cheia De Estrelas
Cantor · Martinho Da Vila
Autor:  Cândido das Neves  (Índio) (1932)

Disco Sentimentos
℗ 1981 BMG BRASIL LTDA.
Released on: 1981-09-17
Composer, Lyricist: Indio (Cândido das Neves/ 1932)
Producer: Rildo Hora
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Sobre a música:


Contrastando com o humor irreverente de Noel Rosa e Lamartine Babo, 1932 teve também o romantismo derramado de Cândido das Neves em “Noite cheia de estrelas”. Filho do palhaço, cantor e compositor Eduardo das Neves, Cândido – conhecido como “Índio”, apesar de ser negro – foi um seguidor de Catulo da Paixão Cearense, notabilizando-se como autor de canções seresteiras.

Exemplo disso é “Noite cheia de estrelas”, um tango-canção cheio de imagens rebuscadas e palavras escolhidas no dicionário: “as estrelas tão serenas / qual dilúvio de falenas / andam tontas ao luar / todo astral ficou silente / para escutar / o teu nome entre endechas / as dolorosas queixas / ao luar…”. Gravada por Vicente Celestino, a canção é um clássico dos repertórios do cantor e do autor

Responsável por uma série de serestas antológicas, Cândido das Neves, o Índio (Rio de Janeiro, 24/7/1899-idem, 4/11/1934), “Noite cheia de estrelas” foi impressa como canção, mas o público, para decepção de Cândido, não correspondia às suas esperanças. 

Vicente Celestino então intuiu que o compositor deveria mudar o ritmo. Em sua casa, Índio foi experimentando até acertar com o andamento de tango-canção. Com isso, o êxito foi extraordinário. Saiu pela Columbia em abril de 1932, disco 22105-B, matriz 381199, curiosa e erroneamente rotulada como “valsa-canção”. Até hoje, “Noite cheia de estrelas” é uma das mais admiráveis páginas do cancioneiro nacional, com melodia e versos primorosos. O próprio Vicente Celestino regravaria a composição em outras oportunidades.

Sobre a Letra:

Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor
Só tu dormes não escutas
O teu cantor
Revelando à lua airosa
A história dolorosa
Deste amor.

Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta está dormindo
Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu.

Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa
E as estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar
Todo o astral ficou silente
Para escutar
O teu nome entre as endeixas
Nas dolorosas queixas
Ao luar.






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