sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Adios Nonino - Astor Piazzolla

Fonte da imagem: Bandoneón / Wikipédia


Hoje é considerado o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, ironicamente, quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.

Quando os mais ortodoxos, durante a década de 1960, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.

Piazzolla deixou uma vasta e prolífica discografia, tendo gravado com Gary Burton, Antônio Carlos Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.

Entre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.

Algumas de suas composições mais famosas são "Libertango" e "Adiós Nonino". "Libertango" é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.

A canção "Adiós Nonino", outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem ao seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente "Nonino" Piazzolla em 1959.



Eladia Blázquez (Gerli, Província de Buenos Aires, Argentina, 24 de fevereiro de 1931 - Buenos Aires, 31 de agosto de 2005) foi uma cantora e compositora argentina de tango. Considerada a poetisa do gênero, soube conquistar o carinho das pessoas com sua arte e sua coerência.


Poema de Eladia Blázquez

Desde una estrella al titilar...
Me hará señales de acudir,
por una luz de eternidad
cuando me llame, voy a ir.
A preguntarle, por ese niño
que con su muerte, lo
perdíiacute;,
que con "Nonino" se
me fue...
Cuando me diga, ven aquí...
Renacereacute;... Porque...

Soy...! la raíz, del país
que amasó con su arcilla.
Soy...! Sangre y piel, del
"tano" aquel,
que me dio su semilla.
Adiós "Nonino"..
que largo sin vos,
será el camino.
Dolor, tristeza, la mesa y el
pan...!
Y mi adiós.. Ay! Mi adiós,
a tu amor, tu tabaco, tu
vino.
Quién..? Sin piedad, me robó
la mitad,
al llevarte
"Nonino"...
Tal vez un día, yo también
mirando atrás...
Como vos, diga adiós No va
más..!

Y hoy mi viejo
"Nonino" es una planta.
Es la luz, es el viento y es
el río...
Este torrente mío lo
suplanta,
prolongando en mi ser, su
desafío.
Me sucedo en su sangre, lo
adivino.
Y presiento en mi voz, su
propio eco.
Esta voz que una vez, me sonó
a hueco
cuando le dije adiós Adiós
"Nonino".

Soy...! La raíz, del país
que amasó con su arcilla...
Soy...! Sangre y piel,
del "tano" aquel,
que me dio su semilla.
Adiós "Nonino"...
Dejaste tu sol,
en mi destino.
Tu ardor sin miedo, tu credo
de amor.
Y ese afán...Ay...! Tu afán
por sembrar de esperanza el
camino.
Soy tu panal y esta gota de
sal,
que hoy te llora
"Nonino".
Tal vez el día que se corte
mi piolín,
te veré y sabré... Que no hay
fin.

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