Odete, a Ninfa do Paranoá, liga-me afobada, apressada e aflita. Ainda não era sete horas da manhã, e a rotina do dia já estava posta.
Como sempre, reportou as fontes fidedignas de sua mais nova e surpreendente descoberta. Segundo Odete, por estes dias tem sido molestada de forma ardente e calorosamente carinhosa pelo arqueólogo Julinho da Rocha.
Julinho da Rocha confidenciou-lhe em tom de segredo e jura eterna de fidelidade que ouviu esta verídica história de sua cachorrinha louca Marthinha, irmã de Leilinha, amante de Geraldinho, casado com Kathinha, namorada fiel de Tiaguinho, noivo de Aninha, parceira de cama&mesa de Carminha, prima de Vadinho, também arqueólogo e marido de Marthinha. Pois então, a cachorrinha louca contou-lhe que finalmente o grande segredo oculto por detrás da enigmática escrita encontrada em uma pedra planaltina foi decifrada.
Vadinho teria afirmado que este monumento planaltino trata-se de um documento milenar, escrito em hieróglifos táteis de longeva antiguidade, de cor expressivamente dourada e pelas formações em relevo e informes
em sua face, os quais foram traduzidos.
- Caramba, Odete, vai logo à conclusão disto tudo!
Calma, querido, calma. Pois bem, Vadinho chegou à conclusão de que havia uma chave
mestra para a decifração destes hieróglifos. Após anos de estudos,
afirma tê-las finalmente encontrado. Para tanto, procurou fundir tais
hieróglifos com a língua egípcia, grega, navajo, sioux e apache, falada pelos autóctones brasileiros. E traduziu, para deleite da choldra:
As tucanilhas do Faraó Fêgácê I são bípedes emplumados que vistos de certa distância parecem aves desajeitadas e estranhas, mas quanto mais aproximam do núcleo do poder, mais se percebe a semelhança com as tucazanas, terríveis mamíferos roedores e predadores, de pelagem azul, destas que corrompem, destroem e corroem tudo. Como poderá perceber, depois de decifrada, a pedra fica facilmente traduzida:
É isto aí!
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