quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Odete, maitre de la Maison des Putains

Odete, maitre de la Maison des Putains, o mais tradicional  Restaurant de Brasília, onde se come bem sempre, ligou-me ainda a pouco, meio ofegante, meio sibilante e sussurrante.

- Olá querido, bom dia!

- Olá Odete, o que conta de novo?

- Nesta vida franciscana de sempre, dando e recebendo...

- Entendo! Mas a que devo a honra do seu telefonema?

- Menino, nem te conto. O Magistério Púbico abriu, ui - fico arrepiadinha só de pensar no instrumento de abertura do Magistério Púbico, pois bem, abriu uma sindicância para chegar aos autores da feijoada que os rapazes da Papada comeram sozinhos, acompanhada de "l'eau du robinet" e "tranches de pain rassis".

- Interessante isto, Odete, mas como o Magistério Púbico chegou a esta notícia?

- Pela Lei Jefferson, querido.

- Ah, sim, basta uma denúncia sem provas que a verdade se instala. Mas e as testemunhas?

- Como sabe, meu bem, os rapazes da Papada vivem isolados, mas através de forças cósmicas e entronizações telepáticas, prisioneiros de outras alas detectaram a mordomia e denunciaram, alarmando o Magistério, a ponto do  Seigneur Promoteur falar em ameaça de rebelião, pois apesar de não haver provas, a literatura permite esta percepção.

- Sabe, Odete, é sempre interessante a Casa Grande disseminar pânico para ocultar fatos outros que estão aí, como também mentiras sobre situações que nada acrescentam. Não seria, por acaso, hoje o julgamento da questão da Denúncia Jefferson de quadrilha?

- Meu Deus do céu, você está melhorando a cada dia que passa, amor. Precisa voltar em Brasília para comer algo diferente.

- Um abraço, Odete!!

- Nossa, que pecado, só um abraço? Vem cá comer bem

- Espera Odete... desligou... fiquei com água na boca.

É isto aí!

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