domingo, 23 de fevereiro de 2014

Odete, a Lady Godiva do Planalto Central

Quando começava a achar que Odete, a Lady Godiva do Planalto Central, havia tomado outro rumo, eis que me liga com uma profunda e ofegante voz para falar de uma trama pra lá de Hitchcock. Senti os calafrios de Bruce Dern diante do William Devine.

Bem, segundo Odete, estava placidamente em uma Caixa Orgonica de Reich, em famosa clínica da Asa Norte, quando ao lado, em outra caixa, Zainha, a ninfa do baixo clero, teve uma overdose quântica e revelou profundas ilações ocultas nos longos corredores da Câmara, entre a música e os tempos atuais.

Segundo Zainha, ouviu de fonte segura que escutou de Cleidimar, a mulata nórdica do Pelourinho, que ela estava em Recife, entre a nata da sociedade, desfrutando um fenomenal Bode ao Molho de Vinho, em famoso karaokê vip, quando entra, cercado de fãs e amigos, Edu, o galã da Veneza Tropical.

Edu foi direto ao microfone e cantou Marina de Dorival Caymmi, de uma forma assustadora, expressando com suposta emoção negativa, com dentes cerrados a parte Me aborreci, me zanguei / Já não posso falar / E quando eu me zango / Não sei perdoar / Eu já desculpei tanta coisa / Você não arranjava outro igual

Acabou, dirigiu-se à mesa, quando em prantos escutou Manezinho do Mangue cantar a Dama de Vermelho de Reginaldo Rossi. Edu, segundo Cleidimar, pediu bis várias vezes e as lágrimas rolavam... Essa dama já me pertenceu / E o culpado fui eu da separação / Hoje, choro de ciúme ...

É isto aí!

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