Fredo, vem aqui fora só um pouquinho... Fredo!!! - gritou Dorinha deitada na rede de balanço do quintal do sobrado azul, que dava para o sol poente.
- O que foi, Dorinha? - berrou Godofredo Martins da sala enquanto ainda assistia a mais um episódio de Criminal Minds.
- Vem cá só um instantinho. Dá uma pausa aí que quero te perguntar um negócio.
- Fala Maria Auxiliadora, o que foi desta vez?
- Nossa, adoro quando fala neste tom comigo...
- O que foi, Dorinha?
- Fredo, não te falei que eu achava que aquele negócio lá no paraná tinha o dedo da dona coisa? Então, viu o que ela falou ontem? Mandou o delateiro parar de contar mentira e enfiar a viola no saco.
- É verdade, Dorinha, e ele tem aquele arzinho caipira, que favorece a viola.Falando em caipira, você viu o zecamaro criticar a cultura nacional?
- Que coisa, hem Fredo. Aquela evolução dele no iutube de bailarina da dança do ventre é que deve ser a tal da cultura que ele acha que o povo tem que ter. E falando no zecamaro, você viu o domingão do faisão?
- Dorinha, deixa eu te falar um negócio - ali tudo é combinado, nos detalhes. O faisão fica com um papelzinho na mão e só pode fazer o que foi mandado, igual aos outros que são fichados lá. Tem nada de improviso ali não.
- Credo, Fredo, então quer dizer que a coiseta severa decora script do tipo quem sabe onde dói faz ao vivo? Quem nem a entrevista do gordo com a dona coisa?
- Dorinha... Dorinha... você me excita deste jeito.
É isto aí!
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