quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O caminho! (Paulo Abreu)





Quando começou a andar, 
não sabia exatamente 
onde ficava o sul ou o leste. 
Pensava que já eram o bastante
os acadêmicos processos randômicos 
que cabiam dentro de si, 

De maneira que ignorava
que havia a necessidade 
de coisas e mais coisas adentrarem na alma. 
Não percebia andar sem destino, 
dia a dia, vagando a esmo, 
sem a certeza do que encontrar.

Perdia-se entre os fundamentos teóricos 
que sustentam as estrelas, 
giram a Terra e semeiam os solstícios; 
Quando saiu do solo
e os pés tocaram a água,
adentrou num barco e içou as velas

Desta forma navegou pelo éter, 
estranho, místico, lindo,
livre, deserto, seguro.
Mergulhou profundamente 
nas palavras escritas no mister 
dos sábios, profetas e filósofos.

É isto aí!






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