Então, paciência!!!
Não me cobrar em excesso e aceitar esse estado é a regra básica.
Tomar uma nova postura, refletir sobre a proposta do blog. - A pé da Pitangueira nasceu em março 2010, para superar uma condição clínica de repouso compulsório, que durou dois anos. Mais tarde, em 2012, retirei de circulação todas as postagens de 2010 a 2012, pois estas postagens não estavam legais, muito atreladas ao momento difícil.
Entre 2012 e 2015 procurei um caminho, até que a partir de 2016 veio a ter o padrão que se mantém ate hoje, criando personagens e contando casos, poesias minhas guardadas a décadas, etc.
Está na hora de renovar meus pensamentos para voltar à escrita tão logo seja possível.
É isto aí!
Minas Gerais,26 de agosto desse esquisitíssimo 2021
ResponderExcluirCaro amigo Paulo,
somos vizinhos, mesmo que não soubéssemos desde o início, há quase dez anos (acho que inaugurei o meu lar-escritura em outubro de 2011), por razões diversas às suas.
Por essa proximidade e pelas partilhas, há quase uma década, me atrevo a estabelecer alguma identificação com esse seu processo. Embora muitos escritores, ensaístas,críticos abordem essa escassez momentânea de ideias como uma crise "de ausência", há algum tempo tenho pensado nela como o seu oposto: estou presente em outras coisas (nem sempre naquelas que eu gostaria), outros lugares, em pensamentos que eu não posso expressar AINDA, mas vou.
Por incontáveis vezes também me despedi do espaço que eu criei (e que também me criou) e, no entanto, regressei logo, porque ali sou livre para ficar ou partir quando quiser; talvez por isso tenho permanecido.
O Reino da Pitangueira é desses lugares aprazíveis (como aquelas antigas vendas daqui de Minas, onde se encontra todo tipo de mercadoria e mais, um outro tempo e jeito de saber a vida) especialmente importantes nesse cenário avassalador ao qual tentamos resistir. Por isso, se for e puder voltar, será bom! Segue um poema de Dan Gerber, como expressão da minha identificação:
Frequentemente, imagino a terra
com o olhar dos átomos de que somos feitos —
átomos, peculiares
átomos por toda parte —
sem eu, sem você, sem opiniões,
sem princípio, sem meio, sem fim,
planando juntos como aqueles
antigos pássaros chineses
nascidos milagrosamente com apenas uma asa,
ajudando uns aos outros a voar para casa.
Abraços,
Amanda Machado
Minas Gerais triste com tudo isto daí
ResponderExcluirQuerida Amanda,
Fadas existem! Amanda é o exemplo desta forma encantada. Sabe, estou cansado, e a realidade bateu com seu diagnóstico - estou presente em outras coisas, outras dimensões. Preciso reavaliar.
Amanda, grato muito grato pelo poema.
Abraços!!!!