quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O transtorno da felicidade high-tech




Transtorno deriva do Latim Trans, “através”, e Tornare, “fazer dar voltas, arredondar” Foi na ciência do século XX que tomou uma postura estranha e dolorida. Quase uma condenação perpétua - graças às expertises em transtornos.

Assim foram nomeados por partes (a ciência abandonou e/ou esqueceu o todo, focou nas partes, e apareceram em seguida os especialistas do absurdamente absurdo fatiamento da vida) das mais variadas formas possíveis e/ou impossíveis. A ciência moderna os define como uma alteração de tipo intelectual, emocional e/ou comportamental, que pode dificultar a interação da pessoa no meio em que cresce e se desenvolve.

Para tudo e leia de novo - A ciência moderna os define como uma alteração de tipo intelectual, emocional e/ou comportamental. Ou seja, simplesmente está na sua consciência, na sua alma, no seu inatingível inconsciente, e é derivado de coisas que só tem dois possíveis criadores - o ambiente externo ou a genética.

É uma situação de amordaçamento, ficando a dor dando voltas em torno de si mesma, assim, ansiedade; depressão; compulsões alimentares; sentimentos pós-traumáticos; as somatizações; os transtornos obsessivo-compulsivos; transtornos psicóticos; dentre tantos são apenas isto - ficar dando voltas e mais voltas em torno de si mesmo. Um movimento concêntrico de fuga para seu interior.

Aí vem esta busca frenética pela felicidade high-tech, este transtorno que a sociedade moderninha sofre e origina seus desconexos. Pindorama passa por um dos seus piores momentos no melhor estilo Borges / Kafka, experenciando uma realidade fantástica e obsessiva da deificação de um mito. São coisas assim que ruborizam o inferno, que só não agradece pela facilitação do serviço, por que seus senhorios são tudo, menos gratos.

Um dia cai a ficha - a felicidade não existe da forma como é vendida. O que está aí é também um transtorno. Aí virão todas aquelas somatizações e segue o velório, por que a fila anda.

É isto aí!

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