quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Enterre o seu futuro do pretérito numa vala comum


Bem que eu queria
Bem que eu gostaria
Bem que eu faria
Bem que eu poderia

Malditas sejam
por toda a eternidade
todas as conjugações
no futuro do pretérito

É a voz do não posso
é a dor do não consigo
é o medo do novo 
sem brilho sem nada  

na silenciada agonia
estupidamente quieta
que pulsa e desperta
a ansiedade e o vazio.

É isto aí!

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