quinta-feira, 30 de setembro de 2021

A pátria amada (republicação)


*Fonte da imagem: OpenEdition Journals Brasil em representação tridimensional


Queria falar sobre política, o poder, o terror  e o mal disseminado entre o mundo, mas tudo isto é fato intensivo em toda a mídia, e não tenho muito o que falar nem para combater. O problema é que a grande tribo tupy-guarany está em polvorosa convulsão. Estamos cada dia mais traídos por uma paranoica necessidade dos ricos ficarem mais ricos.

Para tentar explicar utilizando um outro contexto o que está ocorrendo na pátria amada, vamos ver o que circula na rede nacional. Esta publicação foi feita aqui, neste mesmo Reino, em 2013 (aqui), com o mesmo nome, quando o país atravessava com o forte impacto de uma grande crise internacional. Naquela ocasião, acreditei que seria mais uma marolinha, mas logo depois 2016 veio com o ensejo de fazer deste país uma grande prestador de serviço de logística regional, digamos assim.

Conspirações pelo Brasil

Acre

A conspiração do Acre é uma teoria da conspiração satírica em volta do estado brasileiro do Acre, onde é afirmado que este não existe, ou que dinossauros habitam o território. 

Amazonas

Um estudo recente mostra que cerca de 20% do total da Amazônia já emite mais dióxido de carbono do que absorve, ou seja, mais um pouco e deixa de existir. 

Bahia

Jorge Amado alarmou que "Baiano é um estado de espírito". Têm seu próprio dialeto - o dialeto baiano ou baianês, que é um dialeto do português brasileiro, cujos falantes têm como região geográfica o estado da Bahia, Por vezes, pela semelhança, é confundido com o dialeto nordestino. 

Ceará

Cearense não é bem o que você pensava. A formação do cearense se deve a povos vikings que dominaram a Europa séculos atrás. 

Brasília - Distrito Federal

Como dizia Niemeyer: "você pode gostar ou não da cidade, mas nunca poderá dizer que já viu algo assim". Para começar, a cidade tem a forma de um avião, que fica dentro de um quadradinho, o Distrito Federal. Não tem esquinas e é a única cidade brasileira a receber uma corrida de... cadeiras de escritório. 

Espírito Santo

É um hiato meio bahiano, meio mineiro meio fluminense, mas se acha mesmo carioca sem sotaque, como prova disto, cidade de Vitória, no Espírito Santo, é a única capital brasileira sem destaque no serviço do Google de mapeamento 

- para o capixaba as coisas não estragam, "daum tilt".

- capixaba adora falar "ninguém merece" pra tudo.

- capixaba não diz como vai, diz "qualé".

- capixaba inicia as frases com "deixa falar...".

Goiás

Se tem um negócio que os goianos fazem naturalmente é não usarem pronomes reflexivos., que são aqueles que expressam a igualdade entre o sujeito e o objeto da ação. “aném” ao 'tem base" começam ou encerram quaisquer diálogos. 

É o único estado que foi protetorado de São Paulo desde a sua criação cujo nome não tem origem de referência. Aném!! Goiás é Goiás e pronto, tem base?

Maranhão

O Maranhão nunca conseguiu se definir geograficamente. Parece Norte, já foi Meio-Norte e ultimamente tem de forma tímida se apresentado como Nordeste. Mas na verdade, na verdade mesmo, Maranhão é caribenho, criador do Reggae, simbioticamente vinculado à Jamaica. O Maranhão foi anexado ao pais somente em 1823, pelos ... ingleses, ah! estes ingleses... os mesmos que libertaram os jamaicanos dos malvados espanhóis. Antes disto passou pela mão dos franceses e holandeses.

Mato Grosso

Pelo Tratado de Tordesilhas, pertencia à Espanha, até que abriram mão, já que era num lugar entre o quase e o fim do mundo. Para se ter uma ideia,  a notícia da independência do Brasil , que ocorreu em 7 de setembro de 1822, só chegou na província de Mato Grosso em 22 de janeiro de 1823, um pouco desacreditada, mas oficialmente chegou nesta data. Tem fuso horário diferente e confuso, já que não são todas as regiões que adotam este procedimento. Como vê, continuam longe.

Mato Grosso do Sul

Não existe. O que se autodenomina MS não passa de uma expansão gaúcha, com aquelas prendas lindas, aquele churrasco típico, aquelas danças coloridas, chimarrão, poncho e vinho, mas muito garrafão de vinho nas colônias espalhadas pelo território. 

 Minas Gerais

No plural, caso único de duplo plural cultural, linguístico, econômico etc. Tudo em Minas é plural, tudo passa por Minas, assim no plural, exceto Goiás, mas Goiás não conta. Mineiro é uma incógnita universal que transcende.

O mineirês é um dialeto do português brasileiro falado na região central do estado. O Triângulo fala um mineirês Nheengatu, um dialeto bem rico e quase incompreensível ao português clássico. Na prática todo berlandês é no mínimo bilíngue.  

 O implacável é o Uai. Nada se compara a ele. É a marca registrada do mineiro. Já tentaram colar muitas hipóteses para explicar o Uai, mas nenhuma delas se sustenta. O Uai existia antes do primeiro mineiro falar. É atávico, Uai é a ontogêneses explicando a filogênese de ser mineiro. Ah! E lá no Goiás, se fala Uai também, deve ser rastilho do plural.   

E tem o Trem, e o Trem é uma palavra que designa a Teoria de Tudo, ou Teoria do Todo, ou ainda teoria unificada ou unificadora de Minas. Poderia ser uma teoria científica hipotética que unificaria, procuraria explicar e conectar em uma só estrutura teórica, todos os fenômenos linguísticos do planeta num único tratamento teórico gramatical, linguístico  e quântico.

Pará

Em extensão territorial, é maior do que todo o sudeste, e fica só nisto. 

O Pará era para ser membro da União Europeia, mas os ingleses, ah!! Os ingleses. Tudo que se sabe é que quando o Brasil se tornou independente no dia 7 de setembro, a Província do Grão Pará não aceitou fazer parte do Brasil, sendo fiel a Lisboa - Portugal.

 Um ano depois calçou as sandálias da humildade e aderiu ao Brasil. Porém, essa adesão não foi tão simples. Dom Pedro I, Imperador do Brasil, enviou (sic) para o Pará um comandante de fragata inglês, John Grenfill, que havia sido contratado para formar a nossa Marinha. E ele foi com a missão única  e exclusiva de incorporar o Pará ao Brasil, custe o que custar. Chegou lá e assim o fez de maneira dramática, como registrou o historiador Jean Ribeiro. 

Paraná

A capital paranaense, Curitiba e alguns torcem para o Coritiba, que manteve a grafia de 1909, tem os pé vermelhos, tem os coxas brancas e uma infinidade de outras derivações étnicas. Só foi colonizado pelos portugueses tardiamente, e hoje soma uma abundância de etnias como portugueses, espanhóis, italianos, alemães, neerlandeses, eslavos, poloneses, ucranianos, árabes, coreanos, japoneses, gaúchos, catarinenses, paulistas, mineiros, nordestinos, indígenas e africanos, as quais colaboraram para o fortalecimento da identidade do povo paranaense. 

Ah, sim, fala-se português no Paraná, apesar dos nativos acharem que é uma língua estrangeira. 

Pernambuco

Dom João VI, quando veio fazer da província um co-império, cometeu a deselegância de desprezar Recife, a capital da mais rica e próspera capitania do brasil de então. Dali em diante Pernambuco virou uma efervescência de desconjuras. Deu revolução de dar no pau, e criou o maracatu, o frevo e o forró.  

Em 1817, cansados de carregar a corte na maré mansa do Rio de Janeiro, fizeram uma grande revolução, apoiada pelos ricos e pela igreja local. Os revoltosos buscaram o apoio dos ingleses, ah! os ingleses fizeram-se de surdos. 

Com uma enorme pressão, Dom João VI sufocou a rebelião separatista de uma forma abrupta, com prisões, violência, mortes e torturas. Depois de apaziguar sob o poder das armas, foi aos poucos dividindo a capitania de Pernambuco, criando os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas.

Tenho orgulho danado destes pernambucanos.

Rio Grande do Sul

O nome do estado originou-se de uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa dos Patos fosse a foz do Rio Grande. Tri legal!!

Segundo a Wikipédia, Gaúcho é uma palavra oriunda do castelhano gaucho, um adjetivo que, aplicado a pessoas, pode significar "nobre, valente e generosa" ou "camponês experimentado em pecuária tradicional", ou ainda "velhaco, astuto, dissimulado ou ardiloso experiente", mas também pode ter o sentido de "vagabundo, contrabandista, desregrado e desprivilegiado". 

Como se sabe, gaúcho fala, entende lê e escreve bem o alemão, e tem noções de português para poder suportar os nordestinos de Santa Catarina para cima. 

Rio de Janeiro

Não existe. É uma crença popular, talvez o maior problema de identidade cultural dos nativos da terra brasilis. O que temos de verdade na alma do povo é a Guanabara rodeada de fluminenses, uns capixabas, outros mineiros e outros paulistas. 

Que venham os ventos da liberdade e devolvam ao país a sua capital cultural, social e maravilhosa.

Rondônia

Nunca deixou de ser o Guaporé lá das bandas do Acre.

Santa Catarina

Estado membro oculto da União Europeia, com capital oficial em Schwerin, eu acho, ouvi dizer, parece que sim, talvez...

São Paulo

"No princípio era São Paulo!"

No princípio criou Deus o Brasil.

E o Brasil era sem forma e vazio; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas da Guanabara.

E disse Deus: Haja São Paulo; e houve São Paulo.

Com a perda da identidade cultural da Guanabara, o Brasil acabou isolando também São Paulo, como se tivéssemos vergonha de sermos felizes e sermos competentes para fazer e acontecer um grande desenvolvimento nacional. 

São Paulo caminha a passos largos para a desindustrialização, o que o descaracterizará completamente. Estamos testemunhando um movimento disruptivo de pátria. Triste sina ou maledicência? 


É isto aí!

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