Neguinho, acorda..., Neguinho ... acorda ..., acorda merda desgraça praga
Ahn?! Humm!? Que foi neguinha?
(sussurrando) Tem um ser alienígena dentro do quarto.
O que? Para de sussurrar e fala direito.
Tem um ET aqui debaixo da nossa cama.
Dorme que ele vai embora. Logo é manhã e tudo se resolve.
É sempre assim. Você nunca acredita em mim. Insensível.
Vera Windsor, para com isto. Não tem nada a ver uma coisa com outra coisa.
Aí, me chamando pelo nome. Você é horroroso. Por que você é tão mau comigo?
Que isto, eu amo você. Está tudo bem, mas vamos dormir que ele vai embora.
Uma hora depois: Neguinho, acorda, já chamei a polícia, o corpo de bombeiros e a guarda municipal
Você o quê?
(sirenes, luzes vermelhas, azuis e brancas, vozes e tumulto na rua)
Você ficou louca? Está doida? Está surtada? Está maluca?
(sussurrando) Fala baixo, ele está aqui bem embaixo da cama.
O que? Para de sussurrar e fala direito.
(gritando) A merda da porra do caralho do ET está aqui, em pé, bem atrás de você. Não faça movimentos bruscos, se vire lentamente e verá o que estou dizendo.
E agora está gritando.
(batidas fortes na porta Pam Pam, Pam) Polícia, abre a porta, o que está acontecendo? Abram ou vamos arrombar.
O marido vai até a sala, acende a luz, abre a porta. Vê a rua tomada de curiosos, vizinhos e policiais e bombeiros e guarda municipal e ambulância, num grande exercício de garantia da segurança e do interesse à vida alheia pela população.
Boa noite, desculpe o incômodo, mas recebemos uma chamada de que vocês estavam sendo invadidos. Podemos entrar para averiguarmos? Tem mais alguém em casa?
Podem entrar e sim, minha esposa está no quarto. Nisto ouve-se um grito agudíssimo vindo do aposento, seguido de um barulho de impacto. Correram todos para acudir a mulher.
No quarto, em pé sobre a cama, a esposa apontava pálida, em pânico, para uma terrível, insensível e tenebrosa barata no chão, acuada e emparedada pela violência de um chinelo.
É isto aí!
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