Ando devagar com o Facebook, apesar de ter aspectos interessantes no fenômeno da rede. Ocorre que opiniões pessoais não valem muito. Ou calamos ou curtimos. Se contestarmos estamos fora dos interesses do negócio.
Ficar ofendido é algo muito mais grave do que demonstrar que não concordou com esta ou aquela opinião. Vou aqui fazer uma pequena sinopse do Mito da Caverna. Antecipo que toda semelhança poderá não ser mera coincidência.
Como sabemos ou deveríamos saber, o mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais
clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A
República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e
educação na formação do Estado ideal.
O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que
vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a
parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede
são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e
objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando
nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.
Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair
das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo.
Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda
analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da
caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de
verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para
passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda
presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois
seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede
iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de morte
caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.
O que Platão quis dizer com o mito
Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No
mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens
criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A
caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a
realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas
influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.
Vou refletir um pouco mais sobre isto. Este analogia com o Mito das Cavernas abalou um pouco minha pouca crença de que algo bom ainda pode ser encontrado a caverna do Face.
É isto aí!
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