segunda-feira, 4 de março de 2013

Portugal sai às ruas



Vivemos tempos bicudos de apreensão celestial. O ano de 2013 será marcado pelos cometas que passarão pelo nosso planeta, além dos asteróides e meteoros que por aqui atracam. Em novembro, segundo os astrônomos, teremos no céu um espetáculo de enorme grandeza, quando o C/2012 S1, ainda sem nome de batismo, dará o ar da graça nos céus do planeta.

Antes dele, outro cometa, o Pan-Starrs (assim mesmo, com dois erres) dará o ar da graça entre março e abril. Vamos aguardar.

Enquanto isto a Itália, do ponto de vista político, vai provocando uma tsunami nos nervos da patuléia do velho continente. É gravíssima a crise, encobertada e anestesiada pela crise no Vaticano, que não tem nada a ver com isto, mas aparece e vende mais notícias. E a Espanha, hemm....5 milhões de desempregados - vai dar  pau. Barriga vazia faz delírio nas ruas sem volta.

E Portugal, nossa pátria mãe, tem feito um movimento pacífico e musical, capaz de promover uma nova revolução dos cravos, desta vez os cravos estão doendo nos bolsos. Milhares de manifestantes cantaram neste sábado o hino da Revolução dos Cravos, a canção Grândola Vila Morena, e pediram a renúncia do governo conservador de Portugal em um grande protesto contra a política de austeridade adotada no país.

A Praça do Comércio, a maior de Lisboa, ficou repleta de manifestantes com cartazes contra os cortes e os problemas sociais. Os presentes entoaram os lemas da revolução de 1974 em um dos maiores protestos contra o Executivo de Pedro Passos Coelho desde que o político assumiu o poder, há vinte meses.

Manifestações parecidas, embora menores, ocorreram em dezenas de cidades lusas, organizadas pelo movimento "Que se lixe a troika" para rejeitar os ajustes econômicos exigidos pela troika, órgão formado pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Quando a maioria silenciosa começa a fazer barulho, duas coisas podem acontecer - revolução ou repressão. E isto serve para todo o continente.

É isto aí!

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