Padre Francisco Costa é personagem de uma suposta lenda que tem
circulado na internet como se fosse uma história real, baseada em documentos que
talvez estariam arquivados na Torre do Tombo em Lisboa. Essa suposta lenda
serviu de inspiração para o escritor e pesquisador português Fernando Jorge
Santos Costa, autor da obra de ficção "O Padre Costa de Trancoso"
Esta foi a sentença proferida em 1467 num processo contra o Prior de Trancoso (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7):
“Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de
sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas
publicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos,
cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele
mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e
tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve
dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete
amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um
filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve
três filhas, da própria mãe teve dois filhos.”
(Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze
do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em
cinquenta e três mulheres.)
“El-Rei D. João II. lhe perdoou a morte e o mandou pôr em
liberdade aos dezassete dias do mês de Marco de 1487 e guardar no Real Arquivo
da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papeis que formaram o processo.”
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