sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Prior de Trancoso



Padre Francisco Costa é personagem de uma suposta lenda que tem circulado na internet como se fosse uma história real, baseada em documentos que talvez estariam arquivados na Torre do Tombo em Lisboa. Essa suposta lenda serviu de inspiração para o escritor e pesquisador português Fernando Jorge Santos Costa, autor da obra de ficção "O Padre Costa de Trancoso"

Esta foi a sentença proferida em 1467 num processo contra o Prior de Trancoso (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7):

“Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas publicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.”

(Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres.)

“El-Rei D. João II. lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Marco de 1487 e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papeis que formaram o processo.”

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