Revolutionary Road é um destes filmes que você tem que assistir quando parte para dar uma guinada em sua vida. No Brasil recebeu o título de "Foi apenas um sonho".
Este filme declara a importância de algumas atitudes quando você constrói o seu Mural dos Sonhos. Vou relatar por que as coisas não deram certo, mas assista ao filme para registrar isto de uma forma definitiva:
1 - Frank e April não encontram um sentido para a vida. Até aí, tudo normal.
2 - April tem um desejo pessoal e faz seu Mural do Sonho para realizar seu desejo.
3 - A partir deste momento April comete erros que farão tudo dar errado
4 - O primeiro erro é colocar a foto do marido no sonho dela. Sim, você vai falar - mas é o marido. Sim, mas lembra que eu falei que dá merda quando você coloca uma linha direta de dependência entre o seu sonho e o sujeito específico? Gente, dá merda. Simples assim.
5 - April erra de novo ao falar com Frank sobre o seu sonho. Gente, não faça isto. Dá merda. Por maior que seja a intimidade entre o sonhador e a pessoa que a escuta, seu sonho é seu sonho. As frequências espirituais são diferentes. Daí para frente é uma sequência de consequências do erro primário.
6 - O Mural do Sonho faz com que seu desejo tenha sentido (negativo, onde será excluído naturalmente ou positivo, onde as forças da natureza o conduzirão até ele)
Assista o filme. Confira a gravidade de você envolver as pessoas diretamente nos seus sonhos. este assunto não se encerra aqui.
Abaixo a crítica (boa crítica) do site Adoro Cinema
April e Frank (Winslet e DiCaprio) se conhecem numa festa. A trama avança rapidamente no tempo e com eles já casados, o diretor dá o tom da história com uma emblemática cena dos dois andando - afastados - por um longo corredor. Na sequência seguinte, o roteiro reitera a questão com uma verborrágica discussão no caminho para casa. O título original (Revolutionary Road) é o nome da rua para onde eles se mudam em busca de uma nova vida. Um novo lar. Mas também é uma alusão a verdadeira revolução que farão em suas respectivas mentes. Eles são os Wheeler, uma típica família americana, com dois filhos e muitos sonhos. April é uma atriz frustrada transformada numa infeliz dona de casa e Frank, embora novo, representa o patriarca provedor. Nem que para isso tenha que se violentar, repetindo a odiada história de seu próprio pai. Algo que Freud explorou bem em seus estudos psicanalíticos.
Contudo, para seus vizinhos, eles são pessoas contagiantes e representam os pilares de tudo que há de bom e deveriam ser copiados por todos. Essa dicotomia reinante entre a realidade (para os Wheeler) e a ficção (para os vizinhos) faz com que o filme seja um inquietante retrato da busca desesperada por uma única chance na vida de se "fazer o que se quer" para "valer a pena". E é justamente a insanidade do personagem John (Michael Shannon, indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), que alerta Frank: "para bancar o adulto, precisa ter um trabalho". E a quebra de paradigmas imaginada por eles pode não ser o melhor caminho para encontrar a verdadeira vocação e preencher o vazio sem esperança. A trilha incidental e as inquietações lembram muito o excelente Beleza Americana, também de Mendes. E se ele não o tivesse apresentado ao mundo antes, sem sombra de dúvida, Foi Apenas Um Sonho seria muito mais impactante porque trata de um assunto denso, a depressão, dando cores distintas para cada maneira que ela atinge os protagonistas. Mas chegar depois não é demérito. O filme merece ser visto e conta com ótimas atuações que fazem você sentir a angústia dos personagens.
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