sexta-feira, 29 de maio de 2020

Como explicar Pindorama aos marcianos

Cassiopeia | The Constellation Directory
Senta que lá vem história:

Como explicar Pindorama aos marcianos. Vamos imaginar que tudo isto aqui é uma tragédia grega.

Veja bem, havia uma mulher, Medusa, outrora linda e deslumbrante, desejada por todos os homens da Grécia, invejada portanto pelas mulheres. Contudo, como sacerdotisa da deusa Atena, virgem como todas as servas do templo, estava fora de alcance do desejo masculino.

Poseidon, deus dos mares, enlouquecido pelo desejo, violentou a sacerdotisa dentro do templo de Atena. A inocência de Medusa fora roubada. A profanação do templo despertou a ira de Atena, que do alto da Acrópole ouviu de Poseidon - é só uma gripezinha, dá cloroquina nela. Atena, com inexplicável fúria atacaou  a pobre Medusa; transformou-lhe o cabelo em serpentes, e deixou o seu rosto horrível. A partir de então, olhar para ela seria mortal. Todos que o fizessem se tornariam em estátuas de pedra. Mas e Poseidon nada? Nada nada nadinha ...fez seu fakenews e sumiu na paisagem.

Enquanto isto, quando os gregos ainda usavam saias e corriam descalços filosofando e guerreando entre deuses e ninfas, nasceu uma das mais belas criaturas do mundo, filha do rei da Etiópia, que quando a viu, exclamou - tão linda quanto as ninfas de Pindorama, desta forma só poderá se chamar Andrômeda.

A menina cresceu, ficou linda, bela, sedutora e sexy. Cassiopeia, sua mãe, vaidosa e elegante, que tinha lá seu charme,  elogiava tanto a filha nos saraus e festas da nata mediterrânea oriental, que certa vez diante determinado deusinho aquamarinho, travado em seu tridente babou na moça.  a ponto de não passar desapercebida. Por quem, por quem??? perguntam as aflitas moçoilas da corte planaltino - por Poseidon, meninas, que também era conhecidíssimo nos guetos como um amigo do amigo do amigo, armado de tridente e arpão.  

Segundo Clotilde, uma auxiliar do salão de beleza de Creta, Anfitrite, esposa-mix de Poseidon pediu a cabeça da moça por ciumes ou sabe-se lá mais o que. - Poseidon, com seu arpão encolhido, não teve outra alternativa a não ser condenar Andrômeda a morrer acorrentada num penhasco por uma gorda baleia gigante, de codinome Ceto. (uma baleia imensa e gorda chamada Ceto ... não tem como dar certo)

Na ocasião, o educadinho noivo de Andrômeda, irmão da sua mãe, 45 anos mais velho que a mocinha, não se manifestou. Sorriu para Poseidon e ganhou o seu agrado tridentino. Nua, belíssima, acorrentada nas pedras, eis que o Chapolin Colorado da mitologia, Perseu, surgiu do nada com suas sandálias aladas, presenteadas por Hermes para matar Medusa, aquela mesma que o Poseidon engravidou e a Atena amaldiçoou por ciúmes ou sabe-se lá pelo que mais.

Segundo Neidinha, zeladora das saunas turcas de Creta, Perseu confidenciou-lhe pessoalmente em momentos de íntima relação profissional, que ao passar pela ilha onde estava Andrômeda, linda e nua,  acorrentada no meio do mar, não fossem as lágrimas que vertiam de seu rosto, teria confundido-a com uma estátua, de tão linda que era. 

Sem querer querendo, assim disse o jovem - olha aqui mocinha, se você casar comigo, tiro você destas argolas. Diante de tamanha generosidade, Andrômeda cedeu aos encantos do seu grande amor e foram felizes para sempre. Perseu especializou-se em transformar pessoas em pedras e sua amada foi fiel enquanto pode.

Moral da História - o mundo gira gira gira e quando a choldra olha muito, vira pedra, enquanto isto ... Poseidon vai aqui e ali ...

É isto aí!

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