Esqueci meu rosto,
e das suas memórias
n'algum lugar do presente,
onde vivo desde sempre,
Entre as desventuras,
descobri seu corpo
suave gravado n'alma.
Estava descalça e sorria.
Não abstraí as partes,
estão guardadas, acredito
não sei onde abrigá-las-ia
n'alguma parte da história.
Estava frágil e confusa
num corredor de sinapses.
De repente irrompe o tato
Senti sua mão afagar-me.
Foi quando estupidamente
saltei bem do alto do nada,
saltei bem do alto do nada,
e o tempo da queda livre
virou permanentemente dor
Quando percebi incauto
uma contínua rotação
repetindo pensamentos
com infindáveis voltas
Num átimo da existência
em relance de lucidez,
seu nome é ausência.
Neste instante acordo.
Ainda a mesma música,
não, não sei dançar, desculpe,
ou não desculpe, me abrace
ou desenlace esta memória
É isto aí!
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