Orlando Silva / Pixinguinha Rádios EBC
O Som do Animal (página do Facebook) resgata uma das mais belas páginas de nosso rico cancioneiro:
“Rosa”, valsa composta pelo genial Pixinguinha e Octávio de Souza!
A parte instrumental de “Rosa” foi composta por Pixinguinha em 1917, e o título original era ”Evocação”, sendo que esse clássico tem algumas histórias incríveis, certas curiosidades, tais como as que contaremos adiante!
Pois bem, de acordo com o depoimento prestado ao Museu da Imagem e do Som (MIS - RJ), Pixinguinha assegurou que a preciosa letra teria sido escrita posteriormente por um mecânico do Engenho de Dentro (bairro carioca), muito inteligente e que morreu novo, de nome Octávio de Souza!
Nota deste Blog: Existem três versões sobre quem escreveu a letra:
Versão 1: (nota do Blog: fato esotérico, mas vai que ...) O suposto mecânico de Engenho de Dentro, Octávio de Souza, procurou Pixinguinha num bar onde tomava cerveja, apresentou-lhe a letra dizendo que um poema, por inteiro, belíssimo, não saia da sua mente e referia-se à musica de Pixinguinha, que leu e prontamente aceitou a parceria.
Versão 2: (nota do Blog: sem sustentação, mas vai que ...) O desconhecido mecânico teria feito a letra em homenagem à irmã de um certo Moacir dos Telégrafos, cantor do mesmo bairro (Meier), sendo então consagrado como um compositor de uma única música, uma obra-prima!
Versão 3: (nota do Blog: plausível, mas vai que ...) Contudo, para muitos pesquisadores, existe a suspeita de que a letra – por seu estilo rebuscado e parnasiano seria do compositor Cândido das Neves, parceiro de Pixinguinha em “Página de dor”, dentre outras obras.
Inacreditável que, em 1937, os mais famosos cantores da época, Francisco Alves e Carlos Galhardo deixaram de lançar “Rosa” em razão de recusarem gravar “Carinhoso” (Pixinguinha e João de Barro), faixa do lado A do mesmo disco!
Sorte do “Cantor das Multidões”, o grande Orlando Silva, o qual interpretou magistralmente as duas canções, as quais fizeram estrondoso sucesso, e tornaram-se verdadeiros hinos da Música Popular Brasileira! A mãe de Orlando Silva era apaixonada pela música, de tal maneira que quando faleceu, seu filho Orlando, o Cantor das Multidões, nunca mais a cantou.
Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral. Oh, alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer
Rosa (Pixinguinha / Otávio de Souza) – arr. Roberto Rodrigues
Teatro Marcos Lindenberg
São Paulo, 24 de março de 2018
Filmagem e Edição: Alessandra Mesquita
Playlist com todos os vídeos do espetáculo: http://bit.ly/2Rb39zR
Novos vídeos adicionados semanalmente.
Inscreva-se no nosso Canal: http://bit.ly/2CAuZNC
FICHA TÉCNICA | A ERA DO RÁDIO
Direção Musical e Regência: Eduardo Fernandes
Direção Cênica: Reynaldo Puebla
Assistente de Direção Cênica: Ana Abe
Regente Assistente: Ricardo Barison
Monitores: Cláudia Cesar, Leandro Gouveia e Leilor Miranda
Violão e Percussão: Alexandre Cueva
Percussão: Beatriz da Matta e Gustavo Godoy
Figurino: Sueli Garcia
Cenário: Anne Rammi
Objetos Cênicos e Adereços: Anne Rammi e Yara Tappis
Iluminação: Danielle Bambace
Sonoplastia: Ana Abe
Execução de Cenário: Natália Calamari e Rodrigo Mafra | Estúdio Dupla
Equipe de Cenografia, Montagem e Contrarregragem: Anna Lúcia Santoro, Anne Rammi, Carlos Henrique Ralize, Cibelle Lacerda, Luana Magalhães, Marcelle Olivier, Maria Madalena Herglotz, Mônica Kuntz, Renan Gila, Renata Ferreira, Renata Montesanti e Soledad Correa Forno
Fotos: Anna Lúcia Santoro, Carlos Henrique Ralize, Laura Abe e Pablo Araripe
Captação de Vídeos: Anna Lúcia Santoro, Carlos Henrique Ralize e Felipe Moreti
Edição de Vídeos: Carlos Henrique Ralize e Danielle Bambace
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Criação e Design Gráfico: Adriana Pacheco, Carlos Henrique Ralize, Deborah Alves e Renata Montesanti
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Bilheteria: João Rosalvo, Karina Gouveia e Laura Abe
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Produção: Coral Unifesp
Coral Unifesp
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