Reino da Pitangueira
Minas Geraes
Planeta Terra&Lua
Via Láctea
Zona Sul
Preciso dizer-lhe que ocorre um déjà vu quando penso em você. Não fecho os olhos de saudade, nem revelo as muitas coisas que tenho sido e tido, afora a não felicidade.
Mais que isto é no mínimo plágio sobre as três últimas estrofes do belíssimo poema de Cecília Meireles, Marcha (O poema “Marcha” faz parte da obra Viagem (1939), responsável por marcar a autora no cenário literário brasileiro).
Parte final do poema Marcha/Cecília Meirelles, 1939:
"Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos tristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento...
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento."
Não escreveria esta carta se já não a tivesse feito. Algo assim como o déjà vu explicitado acima entre o poema e a canção. De tal forma que seria uma carta avulsa II, mas a convicção revela-me que de alguma maneira incide a virtualidade sobre a realidade, na qual, por coerência com o delírio, acabei cedendo ao acaso.
É verdade que sempre tive aquela sensação de já ter visto ou vivido uma memória que está acontecendo entre um ponto determinado e aquele instante onipresente e transdimensional. Desconhecia o significado ou porque ocorria você, porém ao longo dos anos, acessando diversas teorias científicas, coerentes ou místicas, percebi ser inútil explicar o óbvio. Apenas penso em você.
É isto aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!