Reino da Pitangueira
Novo Mundo
Planeta Terra&Lua
Via Láctea
Zona Sul
Perdi uma palavra no caminho até esta carta. Engraçado isto, porque ela parecia-me tão óbvia, tão clara, e de repente sumiu, assim, no vazio existencial (ou não), mas mesmo assim vazio, agora preenchido pela palavra perdida.
Quantas cosias mais perdi na jornada da vida, assim mesmo, por burrice, por raiva, por ciúmes, por má formação congênita de ferramentas emocionais melhores. Hoje sei o nome de cada dor, de cada emoção negativa, mas até ontem achava que aquilo era eu num livre arbítrio. Levei anos para descobrir que livre arbítrio só funciona em sonhos lúcidos. O resto é dor.
Outro dia assisti uma palestra onde o ser iluminado disse laconicamente: Suas emoções o dominam porque o seu lado emocional sequestra, literalmente, o neocórtex, a área cerebral responsável por regular o seu comportamento. As consequências, nem sempre são as melhores. Pensei comigo - caramba, este cara merece o Nobel, salvou o mundo das neuroses e dores e cruzes e sofrimentos e mágoas e traumas e desumanidades e tudo o mais que dói.
Também já li em lugar incerto não sabido que são as crenças limitantes, este mal que está levando o planeta ao caos, promovido pela evocação do passado, ou até mesmo de memórias ocultas ou uma memória traumática da primeira infância. Acho, do tipo achismo literal, cultural e randomizado de que estes são os principais motivos, pelo qual esqueci a palavra. Ou não? Pode ser ato falho, vai saber ... vai saber ...
Na verdade, na verdade, como já disse o poeta:
tem dia
que tudo
que a pessoa
precisa
é da outra
pessoa
com cafuné
no cabelo
afago na face
beijo apaixonado
e um abraço
apertado
É isto aí!
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