quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Cartas de Amor LXXXII


Reino da Pitangueira, 
Planeta Terra&Lua, 
3° do Sistema Solar, 
Via Láctea, Zona Sul

Querida, hoje estou zen

Então, por favor, fique calma. Isto ... inspire ... expire ... pare de rir ...

Sabe, tem noites que a mim parece natural caminhar ao seu lado pela superfície da Lua, ora andando, ora dançando, ora cantando. Aí ao percorrer toda a sua existência com meus cinco sentidos, lembro de um pequeno trecho do poema Esta é a forma fêmea, do Walt Whitman

Esta é a forma fêmea,
dela dos pés à cabeça emana um halo divino,
ela chama com ardente atração irrecusável,
sou absorvido por seu respirar como se não fosse mais
do que um vapor indefeso, tudo fica de lado
a não ser ela e eu,
os livros, a arte, a religião, o tempo, a terra sólida
e visível,
e o que do céu se esperava e do inferno se temia,
tudo se acaba,
estranhos filamentos, incontroláveis renovos
aparecem fora dela,
e a ação correspondente também incontrolável,
cabelo, peito, quadris, curvatura de pernas,
mãos displicentes
caindo todas difusas ...

Engraçado, porque sei que não é o poema da sua predileção, poderia ter lembrado de muitos outros, mas esta peregrinação lunar na fase minguante do outono, que acho mais romântica, apesar de você sempre preferir a Lua Cheia da primavera, levou-me a este caminho. 

Você me pergunta do que estou rindo. Olho nos seus olhos e não sei se posso contar. Quando mergulho nos seus olhos, vagueio pelos olhos da Catarina, a megera domada de  William Shakespeare, que cinco séculos depois seria enredo e daria origem ao filme "Dez coisas que odeio em você", de grande sucesso. 

Fico rindo e você curiosa, por que não sei de nada que faça odiar você. Mas sei que você preferiria a versão musical do filme, e eu gosto desta abaixo, mais intimista. 

Um cafuné no cabelo, 
um afago na face, 
um beijo apaixonado 
e um abraço apertado,
para nunca mais soltar

É isto aí!











































aaaaaaaaaaa

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