Estava com raiva dela, bloqueei celular, redes sociais e o escambau - não queria perdoá-la até aquele noite. - Era início da madrugada, noite linda, sem lua e sem nuvens. Tive a vontade de ir ao quintal, nos fundos da casa, observar não sabia ainda bem o que. Céu limpo e clima frio neste alto da serra. Ouvi sua voz melodiosa dizer - olhe para a esquerda. Virei o rosto e vi três objetos não identificados cruzando o céu em alta velocidade, sem barulho, deixando cada um deles, um rastro de cor desconhecida, de tal maneira que não saberia identificá-las.
Fui deitar meio preocupado e não consegui dormir, pelo menos acho que não. Aí ela me chamou pelo nome, abri os olhos e agora a via, era meu amor estava linda. Deu-me a mão e disse: vem. Como é linda o meu amor. Ao tocar na sua mão, ocorreu um flash, um clarão, num movimento de cores fantástico.
Ela me beijou, fechamos os olhos e ao abrirmos, estávamos em York, a principal cidade do Norte da Inglaterra. Estava sob cerrado ataque na manhã do gelado 1° de novembro de 866, seguindo a estratégia padrão dos vikings descendentes do lendário viking Ragnar Lodbrok de invadir, destruir e liquidar as vidas.
Antes de presenciar o inevitável, ela apertou minha mão, levou-me a uma vila medieval no leste europeu. Eu sabia que era no leste europeu atual, mas era numa época que não existia esta definição. A Vila estava sendo atacada e dizimada por Gengis Khan.
Nos abraçamos e quando abri os olhos estávamos na floresta de Ardennes, na Bélgica, próximos da Linha Maginot, exatamente no dia que o alemães invadiram a Bélgica. Olhei para ela em total desespero. Abraçou-me novamente e pediu para fecharmos os olhos. Tivemos uma crise de choro.
Enquanto chorava, senti novamente a sensação de deslocamento temporal tocar-me. Ao abrir os olhos éramos prisioneiros dos xavantes no interior do Mato Grosso, na metade do século XVI, e nesta ocasião, lembro bem, vivenciamos a experiência real e ao vivo das noites tapuias.
Nunca mais brigo com ela. Vou comprar um monte de rosas vermelhas e vamos ver como e' que fica isso.
É isto aí!
Resposta ao Tempo (Aldir Blanc e Cristovão Bastos)
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