Monsenhor Jonas Abib escreveu "Céus Novos e uma Terra Nova" em 1997.
Resenha: O livro pretende ser um prenúncio de que o mundo descobrirá sua restauração definitiva em Cristo. Para o autor, somos o povo preparado para "céus novos e terra nova", por isso devemos resistir às vontades da carne, que são as vontades do inimigo de Deus, para que uma nova humanidade, "na qual habitará a justiça", possa surgir. "O mundo não será aniquilado, e sim transformado em Deus".
A grande tribulação O Senhor declara: “Pois o Filho do Homem
virá com seus anjos na glória do seu Pai; e, então, retribuirá a cada um
segundo a sua conduta” (Mt 16,27).
Jesus teve uma vida pública e nela anunciou que deveria
sofrer muito por parte dos anciãos, dos sumos-sacerdotes e dos escribas, ser
morto e no terceiro dia ressuscitar. Assim como a vida pública de Cristo
desembocou no julgamento, condenação, paixão, morte e ressurreição, a vida da
Igreja vai desembocar na mesma situação dolorosa. Jesus não permaneceu na
morte: conforme prometeu, ao terceiro dia, ressuscitou glorioso. O mesmo
acontecerá com a Igreja: ela está seguindo os passos de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
A Igreja não é algo aéreo e também não se resume ao Papa e
aos bispos. Não, a Igreja somos todos nós. O Santo Padre e os bispos são a
nossa hierarquia, aqueles que nos governam, mas o corpo da Igreja somos nós.
Esta é a Igreja que passará por esse caminho de cruz. Eu sei que isso o
atemoriza e o enche de ansiedade, mas é preciso anunciar agora, para que nos
momentos difíceis você não perca a fé, a fortaleza e não volte atrás.
Eu sei que você fica receoso e até se pergunta: "Será
que isso é doutrina da Igreja?" Está no Catecismo da Igreja Católica (CIC)
este presente de João Paulo II para nós, Igreja:
“Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma
provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha
a peregrinação dela na terra desvendará o ‘mistério da iniquidade’ sob a forma
de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente aos
seus problemas, à custa da apostasia da verdade” (CIC, 675).
O próprio Catecismo da Igreja Católica nos alerta para essa
realidade dolorosa:
“A Igreja só entrará na glória do Reino através desta Páscoa
derradeira em que seguirá seu Senhor na sua Morte e Ressurreição” (CIC, 677).
Acontecerá uma impostura religiosa. O anticristo aparecerá
como alguém bom que fará a proposta de ser o governador do mundo inteiro. E
apresentará às pessoas a possibilidade de solucionar os grandes problemas que
angustiam a humanidade: fome, habitação, desemprego, saúde, desigualdade, entre
os povos…
Momentaneamente, o sistema que ele vai querer impor trará
solução para os problemas e muitas pessoas vão aplaudi-lo. Terá a arrogância de
se mostrar como Deus e se assentar no trono, no meio do Templo, no coração da
Igreja, para ser adorado como tal.
A Igreja e o Cristianismo serão acusados de intolerância, de
discriminação. Será dito que o Cristianismo, com a noção de pecado, trouxe às
pessoas o sentimento de culpa, especialmente em relação ao sexo. Vai-se acusar
a Igreja de, em sua história, ter causado a diferença entre os povos e, por
consequência, todo tipo de intolerância, ódio, guerras, miséria. O Cristianismo
e a Igreja serão o “bode expiatório”.
É terrível, mas muita gente vai se deixar levar por essa
argumentação e achar que realmente o Cristianismo é intolerante, discriminatório
e que a noção de pecado foi o que atrapalhou tudo e todos. Deus está nos dando
a graça de dizer, antecipadamente, que tudo isso será mentira, a fim de que
ninguém caia nessa impostura, da qual nos fala o Catecismo da Igreja Católica:
“[…] A impostura religiosa suprema é a do anticristo, isto
é, a de um pseudomessianismo, em que o homem se glorifica a si mesmo em lugar
de Deus e do seu Messias que veio na carne” (CIC, 675).
Não sabemos quando, mas temos certeza de que isso vai
acontecer e os sinais dos tempos mostram que está próximo! Também não se
conhece a maneira como serão transformados este mundo e os nossos corpos, mas
serão renovados. Deus prepara para você uma nova morada. Aguente firme!
Trecho do livro Céus Novos e uma Terra Nova de Monsenhor
Jonas Abib
Monsenhor Jonas Abib escreveu "Céus Novos e uma Terra
Nova" em 1997
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