quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Negritude

Este poema circula pela internet há pelo menos quinze anos, e na maioria das postagens, refere ao autor como sendo uma criança angolana. Mas, segundo fontes literárias, seu autor é Leopold Sedar Senghor, primeiro presidente do Senegal, escritor, poeta e, juntamente com o poeta antilhano Aimé Césaire, ideólogo do conceito de negritude.

Quando nasci, era preto.
Quando cresci, era preto.
Quando pego sol, fico preto.
Quando sinto frio, continuo preto.
Quando estou assustado, também fico preto.
Quando estou doente, preto.
E, quando eu morrer continuarei preto !

E você, sujeito branco.
Quando nasce, é rosa.
Quando cresce, é branco.
Quando pega sol, fica vermelho.
Quando sente frio, fica roxo.
Quando se assusta, fica amarelo.
Quando está doente, fica verde.
Quando morrer, ficará cinzento.
E vem me chamar de homem de cor ?

É isto aí!

Só um ensaio ousado da minha parte, em tradução literal para falar da Preta Pretinha:

Quando nasci, era preta.
Quando cresci, era pretinha.
Quando pego sol, fico preta
Quando sinto frio, continuo pretinha.
Quando estou assustada, também fico preta.
Quando estou doente, pretinha.
E, quando eu morrer continuarei preta!

E você, moça branca.
Quando nasce, é rosa.
Quando cresce, é branca.
Quando pega sol, fica vermelha.
Quando sente frio, fica roxa.
Quando se assusta, fica amarela.
Quando está doente, fica verde.
Quando morrer, ficará cinzenta.
E vem me chamar de mulher de cor ?

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