
Ouviu um barulho e sentiu um perfume familiar, então saltou a janela, caiu rolando na grama fofa do jardim, ainda deitado vestiu a calça, levantou ajeitando a camisa, e correu como um vento sem rumo, procurando um lugar seguro para ocultar sua presença. Num beco lateral, furtivamente agachou-se, calçou o sapato, arrumou o cabelo, afivelou o cinto, respirou aliviado, levantou-se e aguardou o táxi chamado pelo celular.
Assim que chegou ao trabalho, o telefone toca. Era a esposa
- Querido, antecipei minha volta, já estou em casa.
- Que bom, amor. Ótimo.
- Por que você não foi trabalhar no seu carro? Ele está com defeito?
- Não, é que hoje resolvi ir de táxi, para deixar o carro com você assim que chegasse.
- Gostei disto. Assim que minha irmã acordar, vamos sair, ok?
- Certo, meu bem, certo...
- Só uma dúvida, meu bem, como você trancou a porta se esqueceu a chave em cima da mesa?
- Então, é que eu tenho uma reserva.
- Sei ..., e como pagou o táxi se esqueceu a carteira?
- Não, não esqueci, é que este é um método para que eu reduza meus gastos, amor.
- Sei ... Posso saber por que a nossa cama estava arrumada? Você dormiu em casa?
- Naná, você está me fazendo perguntas estranhas. Está duvidando de mim?
- Euzinha? Não ... imagina! Meu bem, eu tenho que te contar uma coisa.
- Fala, querida. Sempre estou te ouvindo.
- Espero que você não fique chateado, eu não quis te falar nada antes, mas minha irmã veio passar umas semanas aqui para tratar de uma DST.
- DST Você disse DST? É aquela que estou pensando?
- É. isto mesmo, exatamente aquela, amor, tal qual você está pensando.
- Que que que rida, na ho ho ra que eeeeu che che gar, pre pre pre cisamos con con
- Conversar, não é amor?
- Si sim.
(a irmã) - Naná, que papo é este de falar que estou com DST no telefone?
- Brincadeirinha, maninha, brincadeirinha ... agora arruma sua mala que vou te levar na rodoviária, por que se não está doente, ao permanecer aqui, vai ficar.
É isto aí!
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