quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O beijo no sapo

Geraldinha passeava numa noite alva de lua cheia na orla da lagoa, quando uma voz forte, grave e educada falou:

- Por favor, linda donzela, me socorra.

- Mas esta voz maravilhosa!? Onde está o dono desta voz?

- Aqui embaixo, linda donzela, olhe para baixo e me verá.

- Onde? Onde? Onde? Credo, só tem este sapo horroroso.

- Este sou eu mesmo, moça. Uma bruxa malvada é que fez isto comigo.

- Hummm, coisa boa você não fez para ficar assim.

- Não, eu juro, ela é que é malvada, acredite em mim.

- Bem, o que tenho que fazer para ajudá-lo, sapo?

- Eu sou um jovem de família muito rica, se você me beijar, poderá pedir o que quiser.

- Eu? Euzinha? Com minha boquinha lindinha? Beijar você? É ruim, hem!

- Mas não é só um beijo. Você se apaixonará por mim e esta é a parte final do encanto.

- Pode ser selinho?

- Não. Tem que ser beijo de língua. Só isto quebrará o feitiço.

- Humm, você é casado?

- Vai, dá este beijo logo, que eu te dou o que quiser.

- Você é noivo?

- Pede o que desejar.

- Você tem namorada?

- Casa, carro, empregada, mordomo, motorista, pensão vitalícia de trinta mil por mês.

- Você é divorciado? tem ex-esposa?

- Duas viagens internacionais por ano, guarda-roupa liberado, cartão de crédito de cem mil.

- Você tem alguma amante fixa ou eventual?

- Caramba, por que isto te interessa tanto?

- Você tem isto tudo e não tem mulher? E euzinha ficarei apaixonada eternamente por você? Estou fora, meu bem... estou fora...

É isto aí!

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