
A doida vai pela rua nua
vestida de tafetá sintético
com salto alto esquelético
desfilando seu corpo belo
A louca sai pela cidade sua
é beleza pura só para chatear
joga pétalas nos seus pensamentos
e se diverte ao acertar os alvos
A maluca tem sapato preto
com riscas no pé esquerdo
e sapato vermelho furado
enfiado torto no pé direito.
Alucinada e desajuizada,
delirante e desatinada
grita meu nome em desatino
e fala que sou seu destino
A doida vai pela rua nua
joga pedra nos meus lamentos
sussurra meu nome em desalinho
e aí não resisto ao seu encanto
A doida é um sonho distópico
com flores, versos e acalantos
a louca me abraçou oferecida
e saímos por aí despropositados..
É isto aí!
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Gratidão!