quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A doida e eu


A doida vai pela rua nua
vestida de tafetá sintético
com salto alto esquelético
desfilando seu corpo belo

A louca sai pela cidade sua
é beleza pura só para chatear 
joga pétalas nos seus pensamentos
e se diverte ao acertar os alvos

A maluca tem sapato preto
com riscas no pé esquerdo
e sapato vermelho furado
enfiado torto no pé direito.

 Alucinada e desajuizada, 
delirante e desatinada
grita meu nome em desatino
e fala que sou seu destino

A doida vai pela rua nua
joga pedra nos meus lamentos
sussurra meu nome em desalinho
e aí não resisto ao seu encanto

A doida é um sonho distópico
com flores, versos e acalantos
a louca me abraçou oferecida
e saímos por aí despropositados..


É isto aí!


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