Don Corleone fala a Bonasera - Algum dia, e esse dia pode nunca chegar, eu vou pedir que
faça um serviço para mim. Mas até esse dia, aceite esta justiça como um
presente no dia do casamento de minha filha.
Fonte:
http://publico.pt/mundo/noticia/detidos-dez-americanos-suspeitos-de-trafico-de-criancas-no-haiti-1420610
Dez norte-americanos foram detidos ontem pela polícia
haitiana depois de terem sido interceptados a tentar retirar ilegalmente do
país mais de 30 crianças a partir da fronteira com a República Dominicana. As
autoridades suspeitam que o grupo esteja envolvido num esquema de adopção
ilícito.
Os cinco homens e cinco mulheres foram interpelados por um
comissário da polícia haitiana quando se preparavam para passar a fronteira, em
Malpasse, com 31 crianças, com idades entre os dois meses e os 12 anos,
confirmou à AFP o ministro dos Assuntos Sociais e do Trabalho, Yves
Christallin. “É um sequestro, não é uma adopção”, defendeu o responsável do
Governo do Haiti, acrescentando que para abandonar o país “uma criança
necessita de uma autorização do instituto de segurança social que se ocupa de
cada caso de adopção”.
Além dos dez norte-americanos, o ministro acredita que dois
pastores, um no Haiti e outro em Atlanta, nos Estados Unidos, estão igualmente
envolvidos no caso.
Os suspeitos foram entregues à justiça haitiana e ficaram
detidos desde a noite passada na direcção central da polícia judiciária, na
capital, Port-au-Prince, com dois alegados cúmplices de nacionalidade haitiana,
adiantou, por sua vez, à AFP o director-geral da polícia, Mario Andresol. Após
a detenção, foi aberto um inquérito para determinar as circunstâncias em que os
cidadãos norte-americanos conseguiram as crianças.
Os dez norte-americanos apresentaram-se às autoridades como
sendo membros de uma organização de caridade denominada “O Refúgio para uma
nova vida das crianças”, com sede no estado de Idaho, nos Estados Unidos.
Laura Sillsby, um dos elementos detidos, assegurou em
declarações à agência Reuters que o seu grupo tinha “autorização do governo da
República Dominicana para levar as crianças para um orfanato” que a organização
tem naquele país. “Temos um pastor aqui [Port-au-Prince] cujo orfanato aluiu e
que nos pediu para levarmos as crianças para a República Dominicana”, contou
Sillsby, garantindo que após a entrega das crianças iria regressar para tratar
de toda a burocracia associada ao processo de transferência dos menores. “Acusaram-nos
de tráfico de crianças. Isso é algo que nunca faríamos. Não tentávamos fazer
nada de errado”, reforçou.
Desde o violento sismo que devastou Port-au-Prince a 12 de
Janeiro foi acelerado o processo de adopções internacionais de crianças
haitianas que estivessem já em curso e as crianças foram entregues aos seus
pais adoptivos nas últimas semanas. Mas apenas estes processos têm sido
autorizados, os restantes terão que aguardar que se conclua o registo das
crianças que ficaram órfãs ou que se desconheça o paradeiro dos pais após o
tremor de terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!