Ando preocupado com a forma com a qual as redes sociais são capazes de violências tão quão ou piores do que os eventos sociais. Ficam todos expostos de uma forma temerária.
Expor idéias passou a ser um martírio. Inimizades estão surgindo, amizades enfraquecendo, por que diante do monitor não há o outro, há só o eu, e o eu sozinho não dialoga bem consigo mesmo, ficando sem barreira para falar deliberadamente tudo o que pensa.
Até a poucos dias atrás fui um participante mais ativo do Facebook. Achava que ali era como as praças de um tempo plácido de outrora, onde as pessoas iam para simplesmente encontrar outras pessoas. Minha juventude foi assim - éramos capazes de ficar 4 a 6 horas nas praças só conversando, ouvindo e falando sobre tudo.
No ambiente virtual, os elogios são sempre elogios, mas as críticas pessoais podem ter dezenas, talvez centenas de pares de olhos percebendo algo que nem o acusado percebeu. Assim, vai se construindo uma personalidade em um mundo virtual.
Se você repetidamente falar que aquela pessoa é chata, dentro de um contexto de divergência ideológica, isto vai acabar sendo a percepção dos outros amigos virtuais. Se um dia um cidadão publica para aquela moça linda de biquíni que ela é gostosa, etc. e tal, com a certeza de que aquilo foi na melhor intenção, outro pode não interpretar assim.
Mas estou vendo que mesmo as pessoas não são capazes de perceber isto. Parece que ficam mais a vontade para trazer a tona críticas do que sugestões. Os diálogos são por frases feitas, ditas por pensadores, filósofos, famosos, etc, que não necessariamente representam aquela pessoa. Alguns amigos já saíram, outros reduziram em muito, e outros simplesmente passaram a ignorar.
Fico constrangido quando uma pessoa conhecida posta críticas contra determinadas crenças. Ora, bolas - a crença é pessoal - se alguém quer participar deste ou daquele credo, que o faça. Assim também é com a música, com os esportes coletivos, com a alimentação, etc.
Hoje parei para refletir, e o que estou refletindo será nesta linha que aqui escrevo, neste espaço democrático onde só quem deseja ler, que comparece. Assim, vou desligando das redes sociais de eventos rápidos.
É isto aí!
Vixe, mais uma na mosca, este é meu irmão... parabéns mais uma vez pela lucidez. Há milhares de anos que indígenas,afros, orientais e árabes tentam nos civilizar, mas teimamos em seguir esta incoerente e retrógrada mentalidade ocidental, atirar primeiro, perguntar depois e f*d*s* a razao... um grande abraço
ResponderExcluirdo seu irmão
Fernando