Tem umas palhaçadas que ficam caras e sem graça. Estava lendo sobre o desenrolar da situação do jogador Ganso, que não conheço, e seu clube Santos, pelo qual não torço, junto ao São Paulo Futebol Clube, por quem não nutro nenhuma simpatia.
Como o São Paulo fez uma oferta pelo contrato de trabalho do atleta, e ocorreu divisão na resposta da diretoria santista, parte discordante desta partiu para agressões pessoais ao profissional, que apenas cumpre seu papel de trabalhar e poder ganhar bem por isto. Moedas são jogadas ao campo, ameaças são feitas nas redes sociais e o moço fica refém da caótica sensação da impunidade de pessoas que se julgam o Batman do futebol caboclo - mascarados e morcegos, quando não passam de piadistas baratos...
Ainda no esporte, o Sr. Renato Prado, pessoa que não conheço, descortinou uma conversa de bastidores, ao vivo, com o Sr. Galvão Bueno, pessoa que também não conheço. A conversa foi inútil, fútil e desnecessária. O Sr. Galvão, recomposto do susto, procurou consertar a situação e o Sr. Prado sentiu-se estúpido o suficiente para recusar o remendo.
O Sr. Prado, não satisfeito, deu uma entrevista via celular, gravada, a uma revista de grande circulação nacional. Em seguida desmentiu o episódio e disse que não disse o que disse. Fosse eu conhecido do Sr. Prado, indicaria-lhe um profissional vinculado aos distúrbios comportamentais, pois o que pode estar parecendo uma coisa pode ser outra muito sem graça.
E para não dizer que não falei das palhaçadas alheias ao cenário tupynambá, Dirty Harry, digo, Clint Eastwood, roubou literalmente a cena na convenção do candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, ao fazer uma crítica confusa contra o presidente dos EUA, dirigida a uma cadeira vazia.
Um dia depois, Obama postou em seu twitter oficial uma foto da sala de reuniões da Casa Branca, com a seguinte legenda: "Esta cadeira está ocupada" e a frase "Obama invisível" virou hit no twitter e muitas fotos de cadeiras vazias apareceram.
Dirty Harry, digo, Eastwood, de 82 anos, em vários momentos foi incoerente, saltando de tema em tema - a economia, a guerra no Afeganistão, a prisão militar de Guantánamo. A certa altura, afirmou que "nunca achei que seria uma boa ideia que advogados sejam presidentes", aparentemente alheio ao fato de que Romney é formado em direito.
Para este que escreve, não há novidade nisto. Em 1994, o então candidato presidencial tupynambá Orestes Quércia, cuja biografia é escandalosamente recheada de denúncias, fez uma campanha ridícula onde debatia com uma foto do candidato FHC. Perdeu até para o desconhecido Enéas...
É isto aí!
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