Não sei porque, mas enquanto passa um jogo na televisão aberta, passa pela memória o Uruguay, não referindo àquele time de feito vitorioso no Maracanã, em uma época na qual o exame anti-doping não existia, por que depois que passou a haver maior fiscalização, nunca mais ganharam nada, por coincidência, veja bem, por coincidência...
Mas a República Oriental del Uruguay possui pouco mais de três milhões de habitantes, algo parecido com Belo Horizonte, e possui dois clubes que se revezam nos títulos disputados em solo pátrio. Assim como todos os países do velho continente do outro lado do Atlântico.
Mas o fato é que alguém supostamente sonha com a possibilidade da pátria tupynambá ser um Uruguay, somente com dois clubes, um paulistinha e o outro carioquinha, porque assim centraliza suas malversações com menos pessoas e com mais lucro, divididos, é claro, com a líder de maudiência (gostou do neologismo?).
Entendo que todo este esforço dos clubes considerados pela elite das fraudes como intermediários, um dia terá que ter um fim, por que a ditadura, com toda a sua truculência, durou de 64 a 85 do século passado, portanto 21 anos. Agora, esta promissora e ética diretoria perene está desde 1979, portanto 23 anos.
Escândalos sempre tangenciaram as gestões desta oligarquia, que é marcada por denúncias, com acusações de nepotismo no preenchimento de cargos, pagamento de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados e outras autoridades, importação irregular de equipamentos e a celebração de supostos contratos lesivos para o futebol brasileiro, em especial com uma fabricante de artigos esportivos .
Em 1998, a instituição líder do âmbito futebolista nacional viu-se envolvida em comissões parlamentares de inquérito na Câmara de Deputados e no Senado Federal, mas, com auxílio de congressistas fiéis, conseguiu se livrar das acusações em duas CPIs, a do futebol (veja aqui)e a da união desta instituição com uma fabricante de artigos esportivos (leia aqui).
O curioso é que até 1996 a instituição futebolística apresentava lucro. Neste ano assinou um contrato com a fabricante de artigos esportivos, de 160 milhões de dólares, e a partir de então começou a ter prejuízos, ano após ano. A entidade então tomou dinheiro emprestado de origem supostamente duvidosa, pagando juros muito muito muito mais altos do que o de mercado, em alguns casos de cerca de 43%. Descobriu-se uma série de empresas suas e de aliados ligadas a transações irregulares de dinheiro.
A Receita Federal, após a CPI, autuou a instituição futebolística em mais de 14 milhões de reais por dívidas com o Fisco, não contestado pela mesma, pagou e encerrou o assunto.
Na CPI que ficou famosa (veja aqui), o presidente da época foi acusado por Aldo - atual Sinistro dos Esportes - de fazer complô para tentar enfraquecer o trabalho das CPIs, por unir forças com o jogador mais famoso da história mundial, que antes o acusava de corrupção.
Em janeiro de 2002, o ainda presidente por ser genro de você sabe quem, obteve liminar da Justiça proibindo a impressão e distribuição do livro referente à esta CPI (Veja aqui), de autoria dos deputados Sílvio T. e Aldo - O Sinistro. A obra relatava todas as investigações que devassaram seus negócios.
Atualmente Aldo, Sinistro dos Esportes é tido pela imprensa como amigo pessoal e confidente de Fulano, o Genro. Se você duvida, está disponível na internet um resumo do nunca concluído relatório final da CPI (leia aqui) - é uma história de dar náusea e ânsia de vômito.
É isto aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gratidão!