Estava ensaiando falar do Cruzeiro, em sensacional performance no Campeonato Brasileiro, mas em se tratando de futebol, tudo é possível, inclusive acontecerem coisas estranhas, como o lance claro, óbvio, indiscreto, de um pênalti contra o Grêmio em peleja com o São Paulo. O tricolor gaúcho contou com esta como a quarta partida onde o apito amigo funcionou bem.
Então pensei, talvez política. Mas é uma trilha que dá nos brios pessoais. O PSDB mais uma vez entrará em campo com time paulista, assim como a seleção brasileira de 1966, ultrapassada e desfalcada, será o que eles apresentarão com Serra na cabeça e talvez Aécio de vice, numa clara intenção de ser substituído por Marina Silva no segundo turno.
O fato é que Aécio não decolou, não inspira confiança na classe média, principalmente na paulista. Tudo passa por Minas, mas tudo o que sai do Oiapoque ao Chui, é determinado por São Paulo, e não tem conversa. O PT vai atravessando as pontes estreitas, os becos escuros, as pedras no caminho e fazendo um governo razoável. Falta ao PSDB a coragem de renovar, e se perder nesta, vai ser difícil se levantar. Tem em seus quadros nomes que poderiam ser trabalhados sem o risco de se desgastarem, mas há a imperial determinação da Velha Guarda de não deixar nada para ninguém ou para alguém, qualquer que seja.
Assim, quem sabe falar de religião e fé? A mais apaixonante das discussões. Todos têm razão, todos estão certos e todos têm a sua própria teologia, sua própria leitura dos textos e em alguns casos, têm seus próprios textos. Quem está certo? Onde está a verdade? "O que é a verdade" é uma indagação que o cristão tem consigo de uma forma dramática e mística, desde quando Pôncio Pilatos, representando o maior poder de estado da época, dirigiu esta pergunta a Jesus.
Transcrevo aqui Nietzsche, "Acerca da verdade e da mentira no sentido extramoral", tr. Helga H. Quadrado, Relógio d’água, p. 221.
Que é então a verdade? Um exército móvel de metáforas, de
metonímias, de antropomorfismos, numa palavra, uma soma de relações humanas que
foram poética e retoricamente intensificadas, transpostas e adornadas e que
depois de um longo uso parecem a um povo fixas, canónicas e vinculativas: as
verdades são ilusões que foram esquecidas enquanto tais, metáforas que foram
gastas e que ficaram esvaziadas do seu sentido, moedas que perderam o seu cunho
e que agora são consideradas, não já como moedas, mas como metal.
É isto aí!
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