domingo, 20 de outubro de 2013

Poema de Natal - Vinicius de Moraes


Poema de Natal
(Vinicius de Moraes - 100 Anos)

Fomos Pará ISSO Feitos:
Para lembrar e serviços lembrados
Para chorar e Fazer chorar
Para enterrar OS nossos Mortos -
Por ISSO TEMOS Braços Longos parágrafo OS adeuses
Mãos parágrafo Colher o Opaco FOI dado
Dedos de para cavar uma terra.
ASSIM Será, será Nossa Vida:
Uma Tarde de sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um Caminho Entre Dois túmulos -
Por ISSO precisamos velar
Baixo Falar, pisar leve, ver
A Noite dormir Silêncio em.
Localidade: Não HÁ Muito o Opaco DiZer:
Uma canção sobre hum Berço
Um verso, TALVEZ de amor
Uma prece POR QUEM SE Vai -
Mas que ESSA Hora Localidade: Não esqueça
E POR ELA nossos OS Corações
Se deixem, sepulturas e Simples.
Pois fomos parágrafo ISSO Feitos:
Para a Esperança não Milagre
Para a Participação da poesia
Para ver uma face da morte -
De Repente nunca mais esperaremos ...
Hoje a Noite e Jovem; da morte, apenas

Nascemos, imensamente.

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