domingo, 6 de outubro de 2013

Osmarina agiu certo?




Fonte ¹ - http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2013/10/06/efeitos-da-uniao-entre-marina-silva-e-eduardo-campos-sao-incertos/

Fonte ² - http://jornalggn.com.br/autor/ion-de-andrade

O jornalista Fernando Rodrigues¹, do Jornal Folha de São Paulo, expôs a seguinte análise neste domingo:

 Aécio foi imprudente ao deixar o Brasil justamente na semana mais decisiva desta fase da campanha (está em Nova York). O tucano reforça a imagem de político preguiçoso, “bon vivant” e de alguém pouco comprometido com o projeto de ser candidato. Afinal, como é possível imaginar que tenha marcado para esta semana sua saída do país, justamente quando dezenas de políticos estavam decidindo em qual partido estariam filiados para 2014? Ou mais: sabendo que Marina Silva enfrentaria um dilema por causa do fracasso do pedido de registro da Rede, Aécio poderia (ou até deveria) ter feito um gesto para se aproximar da eventual aliada. Preferiu manter a agenda de viagem a Nova York.
Enfim, a estratégia do tucano foi uma catástrofe de marketing –e foi decidida por ele próprio. 

O analista político Ion de Andrade² declarou:

1)      Vira-se uma página da política brasileira. No cenário estão concorrendo “para valer” apenas grupos políticos que se originam da oposição à ditadura. Terá demorado 25 anos (dia por dia, se considerarmos a constituição de 88 como o grande marco da democracia) para que a passagem tenha sido consolidada;

2)      A velha política (PSDB/DEM/PPS) se esvazia e muitos serão os políticos destes partidos que apoiarão abertamente (ou não) a dupla Campos/Marina;

3)      A dupla PMDB/PT se consolida. Fica claro para o PMDB que o maior quinhão de poder que pode ter é na aliança com o PT, razão porque o PMDB, até aqui em cima do muro, vai embarcar na candidatura Dilma com força total por interesse próprio;

4)      O PT dificilmente perderá eleitores para o novo polo oposicionista e a presença de Lula na campanha, com todo o gás, conforme vem afirmando, vai dividir votos com Campos em Pernambuco, o seu principal colégio;

5)      Os Gomes do Ceará, de decisão Dilmista tomada, virão também com força total para o lado da presidenta, e o seu peso e valor na frente pró Dilma só tende a crescer. Uma eventual vitória de Campos colocaria o grupo em péssima situação. Sua participação será aguerrida.

6)      O PSDB não decola e estará atravessado por tendências dilacerantes. O fortalecimento Campos/Marina enterra o cenário em que disputava uma queda de braço com o PT a nível nacional, o que o mantinha no topo da grande política. Se houver segundo turno (Campos x Dilma)  a bem de manter esta polarização com o PT, tenderia possivelmente a apoiar Dilma, (por debaixo do pano), pois, incrivelmente, a sua vitória seria a única possibilidade de retorno à polarização que o mantem vivo. A disputa Aécio x Campos é de vida e morte para o PSDB. Uma vitória de Campos colocaria o PSDB numa situação de coadjuvante na qual nem seria governo e nem oposição e ostracismo em política significa fim de linha.

7)      O DEM compra o caixão. O PPS não vai saber tão cedo definir para onde vai. Mas  vai mesmo para o buraco.

8)      O preço do PDT sobe e muito para o governo. Aposto que os ministérios do PSB lhes serão transferidos com o apoio aberto e escancarado do PMDB.

9)      A soma Marina/Campos cresce no eleitorado coxinha em detrimento do DEM e PSDB, porém a baixa penetração da dupla em São Paulo, Minas, Bahia, Rio, e Rio Grande do Sul trará dificuldades maiores para que ganhe peso decisivo;

10)   O campo conservador que quer estabilidade tende a desembarcar do PSDB rumo a Dilma.

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