quinta-feira, 9 de abril de 2020

Amanda Machado, um livro de pessoa


Amanda descreve assim seu mais novo livro:

“O que os escritores devem fazer nos libertar, nos sacudir. Abra avenidas de compaixão e interesses novos. Lembrar-nos que podemos, simplesmente, aspirar a ser diferentes, e melhores, do que somos. Lembrar-nos que podemos mudar ”(Susan Sontag, 2008). Sob essa perspectiva, todo livro deve ter uma chance de ser lido. Libertar a quem lê e quem escreve; a quem olha e quem é olhado. A literatura é esse exercício infinito de liberdade no tempo e espaço; por isso também é uma ameaça ao status quo. A literatura cria e recupera novos tempos e geografias. Um livro nunca é tão “amontoado de palavras”, como desejável alguns, mas um universo repleto de possibilidades, inclusive a liberdade.
Esse texto não é recomendado, não é consultado, não é convidado para nada. Esse texto é um estrangeiro, um refugiado, um apátrida. Esse texto não tem geografia. Mas esse texto é tão irrelevante que não tem ajuda humanitária, esse texto está tão.
É uma mensagem na garrafa, não chega a tempo de salvar; então sirva para poesia. Esse texto é um sei lá, você é quem sabe, qualquer coisa que eu te falo. Esse texto não conhece a vontade. Não está apaixonado, embora tenha amor em cada linha. (Esse texto não ajuda em nada. P.07)
“Muita Magra para um Filho, Muito Gorda para um Homem” é uma voz que tenta ser ouvida; é um livro inacabado e que deseja durar até a última mulher liberada na Terra."

Detalhes do produto
Formato: Edição Kindle
Tamanho do arquivo: 259 KB
Tamanho da impressão: 93 páginas
Vendido por:  Amazon Ásia-Pacífico Holdings Private Limited
Língua: Português
ASIN: B086DNPG5C

Abaixo, indico a leitura completa deste extrato da quintessência, retirado do seu feminino blog Pareço Louca , publicado em 13 de Julho de 2018:

Muito magra para ter um filho, muito gorda para ter um homem
  Muito inteligente para ser bonita. Bela demais para ser esperta. Muito jovem para saber. Velha demais para aprender. Muito independente para ser acompanhada. Vulnerável demais para ir sozinha.  Muito vaidosa para as teorias e descobertas na Ciência. Desalinhada demais para os jantares e colunas sociais. Muito sensível para suportar o peso. Ambiciosa demais para ser afetada. Muito ensolarada para entender abismos. Soturna demais para fazer sorrir.
  Muito maternal para ser desejada. Sensual demais para ser respeitada. Roupa curta demais para não querer ser vista; roupa muito comportada para a idade.
- Que roupa você usava? Fazia o quê sozinha, na rua, uma hora dessas? Era inevitável isso.

Gostou? Leia na íntegra aqui:



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