Às margens dos processos da vida,
assentava-me lamentando as lembranças.
Nos ramos da saudade, a conotar tristeza,
pendurava, então, os nossos dias,
aqueles dias que os céus haviam confiado
Tempos que mereceriam um cântico.
Mas a tristeza evita ritos de alegria.
Cantai um cântico novo, pensava.
Como poderia existir cântico novo
entoado num coração estéril?
Se esquecer de você, murmurava,
que minha mão direita se paralise!
Que minha memória se esvaneça,
Que minha sina seja o desterro
Se eu não mais me lembrar,
se não a puser acima dos desconsolos.
Sentarei às margens da dobra do tempo
onde muitas muitas vezes estive
só para encontrá-la sorrindo.
É isto ai!
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