Como sabemos, Adolf Hitler começou a escrever o livro “Mein Kamph” (Minha
Luta), o chamado livro sagrado do Nazismo, na prisão militar de Landsberg.
Nele, Hitler expôs as bases da doutrina nazista, descrevendo um conjunto de
ideias que seduziram uma geração e mataram milhões de seres humanos..
Dentre as muitas teses da doutrina Nazista podemos destacar
algumas:
- A superioridade da Raça Ariana, defendida por Hitler quando dizia que o povo alemão era descendente de uma raça superior, que ele chama de Arianos, e que, por este motivo, tinha o direito de dominar as raças ditas “inferiores” por ele, tais quais os Judeus, os Eslavos, os Negros, etc.
- A tese do anti-semitismo, que dizia que os judeus ou semitas eram uma raça inferior à raça Ariana e que seriam capazes de corromper a pureza da raça alemã, sendo assim proibidos os casamentos entre judeus e alemãos, e declarando total perseguição e extermínio dos judeus.
- Uma outra tese defendida por Hitler era a total submissão das pessoas ao Estado, o qual deveria ser soberano e incontestável, e era personificado na pessoa do Führer (=chefe) que, fatalmente, era o próprio Hitler.
- E uma outra tese também muito divulgada era a do expansionismo, que dizia que o povo alemão deveria conquistar seu espaço “vital”, e isso deveria ser feito através da expansão militar de seu território.
Já na Espanha, em 1975, o ditador nazi-fascista Franco morre depois de 40 anos no
comando de um regime opressivo que deixou milhares de vítimas, entre órfãos,
prisioneiros, exilados e torturados. Mais de 30 anos depois, no início do século XXI, o governo espanhol
começa a resgatar a memória desse período e fazer justiça às vítimas da
ditadura, em um processo de luto e reconhecimento.
Em 2010, o diretor espano-belga Jose Luis Penafuerte produziu o filme Los Caminos de la Memoria para promover a memória desse período crítico na história espanhola e fazer justiça às vítimas da
ditadura, em um processo de luto e reconhecimento.
O documentário (Os caminhos da memória) lava a alma dos espanhóis que
testemunharam a ditadura de Franco. Em determinada cena, numa escola, um estudante contesta o
professor: “Acho melhor não remexer o passado e passar a cuidar do presente e
do futuro”. O professor pergunta: “Alguém de sua família morreu ou desapareceu
no franquismo?”. “Não”, responde o garoto. E o professor diz: “Negar a história
é permitir que ela se repita”.
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