A nave tem três níveis, sendo o primeiro a base de propulsão cibernética da Mecânica Quântica Heterodoxa. Como sabemos, a mente existe além da realidade física, pela consciência, subconsciência e inconsciência. Segundo os cientistas, analistas e especialistas da Aeropita, essa full-consciência pode, portanto, viajar no tempo, pelo fato de que todas as possibilidades estão contidas nesta ordem e que toda a realidade contida na ordem explícita é um reflexo desta ordem.
Teremos também uma inteligência artificial com 200 terabytes, denominada Cretina, com memória genética filogênica, de vinte e sete pessoas das diversas qualificações na nata da nata da alta sociedade do reino da Pitangueira. O objetivo foi resgatar a memória ancestral no código genético de cada um, imutável e inabalável, independente do portador atual. Uma vez recolhidas e isoladas, este material passou a validar a ação antropológica de acesso à ancestralidade pela consciência do navegador.
As nove coordenadas que foram calculadas dentro do princípio algoritmo servem para eliminar o Efeito Borboleta de muitas intervenções no passado. A lógica algorítmica deu-se por uma sequência finita de ações executáveis que visaram obter uma solução para quaisquer tipos de problemas temporais e/ou atemporais, valendo-se de procedimentos precisos, não ambíguos, padronizados, eficientes e corretos.
No segundo nível está o dormitório, a cozinha, a sala e o banheiro, tudo com conforto e segurança. Este ambiente, como o anterior, tem janelas panorâmicas para a parte externa por razões de segurança e curiosidade. Há também um compartimento com um Tear que opera com fios de algodão e lã de carneiro, sob o comando do computador central, quando identificadas as roupas da época onde é atracada a astronave.
O terceiro nível comporta a navegação da astronave, com potentes computadores, instrumentais, janelas com vidro blindado e a conexão visual e sonora de acesso e contato com o mundo exterior.
O detalhe físico interessante é que o tempo do destino não implica no tempo presente. Assim poderei viajar para Bagdá, por exemplo, ficar por lá um ano e regressar 90 segundos após a partida. Bem, vamos ver no que vai dar isto. Mas ...
Como existem opiniões fortemente divergentes entre os grupos da equipe antropológica, teólogos, geólogos, físicos, filósofos e historiadores, somente iniciaremos os testes, e deveremos listar os prováveis destinos com um consenso, uma vez que o seguro não cobre este procedimento, de maneira que não poderá ser acionado em nenhuma circunstância, toda a estrutura é arriscada. Posso ficar perdido não no destino, mas no meio do caminho, por exemplo.
Concluindo, o tempo do destino não implica no tempo presente. Assim poderei viajar para a Etiópia no ano 1876 aC, ficar por lá um ano e regressar 120 segundos após a partida. Bem, vamos ver no que vai dar isto.
É isto aí!
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