terça-feira, 15 de junho de 2021

Intuições e deduções




Dorinha mal tinha saído de casa, teve uma intuição, deus três passos para trás, quando de súbito um caminhão perdeu os freios e isto a levaria de encontro ao muro da casa ao lado. Entrou correndo pelos fundos, assustadíssima, e teve a intuição de abrir a porta que dava na cozinha. Ao rodar a maçaneta, viu uma cena estranha. Não era sua casa. Era sua casa, mas não do jeito que conhecia, ou não era, mas tinha que ser.

Carminha acordou assustada, sentido uma coisa estranha no ar, uma coisa pegajosa, esquisita, sem odor ou forma. Teve medo de abrir os olhos até que a sensação desaparecera. Ouviu um barulho como se fosse uma pessoa lixando uma madeira com lixa d'água, num local próximo. Riu do absurdo daquele instante. Ao abrir os olhos, viu uma cena estranha. Não era seu quarto. Era seu quarto, mas não do jeito que conhecia, ou não era, mas tinha que ser.  

Patrícia chegou dos serviço exausta, procurou as chaves na bolsa e nada, procurou, procurou, despejou tudo no chão da calçada, abriu os fechos secretos, jogou tudo de volta, buscou em cada bolso. Pensou em ligar para o escritório e descobriu que também estava sem o celular. Resolveu tentar a sorte e quem sabe esquecera a porta sem tranca apela manhã. Ao baixar a maçaneta, viu uma cena inusitada. Não era sua sala. Era sua sala, mas não do jeito que conhecia, ou não era, mas tinha que ser. 

Dedé acordou na hora do almoço, deu de ombros com a bagunça espalhada, levantou-se, espreguiçou lentamente, olhou em volta, deu meia volta para a direita, meia volta para a esquerda, o caos reinava aqui e ali, em cima e abaixo dos olhos, olhou-se no espelho, acertou o cabelo, viu que estava acima do peso e abaixo da autoestima. Olhou bem no fundo dos seus olhos e sussurrou - Dedé, sua danada, foda-se esta merda toda!  

É isto aí!



































Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gratidão!