Quer ter um relacionamento monogâmico? Tampe o nariz da
pessoa que está ao seu lado, pois é ele, o nariz, o órgão responsável pelo
desejo!
Está comprovado cientificamente que dentre os sentidos humanos, o mais primitivo é o olfato, que detecta os feromônios através de um pequeno órgão, composto de minúsculos "orifícios", localizados a alguns centímetros do interior do nariz. E, acreditem, a reação emocional que os feromônios provocam pode, li-te-ral-men-te, nos "acender", nos "incendiar".
Terminou um relacionamento e quer arranjar outro? Mude o
perfume, mude o sabonete, mude o desodorante, porque eles influenciam na escolha.
Ao permanecer maquiando seus feromônios, atrairá sempre a mesma coisa...
Em descobertas
publicadas no jornal Nature, pesquisadores dizem que descobriram, por exemplo, que a ovulação
feminina pode ser regulada – pode ser prolongada ou diminuída – através do uso
de feromônios.
“Os feromônios regulam o momento da ovulação. Existem dois
feromônios – um que faz a ovulação se tornar mais provável e outro que á inibe
e a torna menos provável,” disse Martha McClintock da Universidade de Chicago.
A Royal Society of Chemistry
(RSC) também debruça-se sobre o tema de interesse geral desde que o mundo é
mundo. Segundo a RSC, há no processo amoroso três etapas, cada
uma das quais com seu perfil emocional característico e sua explicação
científica. Vejamos:
1ª Etapa: O desejo, mola mestra que impulsiona o amor. Tudo
tem início nele. Os hormônios sexuais - testosterona e estrogênio -, é que
exercem o controle sobre o mesmo;
2ª Etapa: A afeição, momento em que o indivíduo perde não
apenas o apetite, mas também o sono e suas faculdades de concentração, etc.,
enfim, quando ele se apaixona. Mãos úmidas, frias; gagueira; inquietação;
mal-estar estomacal, etc., são os sintomas, devidos às monoaminas - espécies
químicas presentes no cérebro. Trata-se da dopamina, da noradrenalina e da
serotonina. As duas últimas nos excitam, enquanto que a dopamina nos torna
alegres, brincalhões. Tais substâncias são controladas pela feniletilamina, de
estrutura similar à de uma anfetamina, encontrada também no chocolate e nos
morangos;
3ª Etapa: O apego, terceira etapa do processo, conta com
dois hormônios polipeptídicos diferentes: a ocitocina e a vasopressina, que
exercem papel importantíssimo. O primeiro é, também, responsável, entre outras,
pelas contrações durante o parto e pela produção do leite no transcurso do
aleitamento. A vasopressina, por sua vez, é a espécie química da monogamia.
Para que se tenha uma idéia, apenas 3% dos mamíferos são monógamos, e, é claro,
os humanos não fogem à estatística! Na origem de nossos conhecimentos sobre a
vasopressina estão as cobaias (ratos de laboratório). Isolando-as após o
acasalamento, cientistas descobriram que a fidelidade a um só parceiro podia
ser relacionada à ação da vasopressina.
Para a RSC, a longevidade do amor está ligada ao papel das endorfinas,
as quais apresentam as mesmas propriedades anti-dor e de bem-estar que sua
prima morfina, sem, contudo, apresentarem os riscos da overdose.
Pergunta inevitável à esta altura: como identificamos o par
ideal?
Simplesmente nós o sentimos pelo cheiro!
É precisamente aqui que entram os mensageiros do cupido,
aqueles encarregados de direcionar a flecha certeira do amor. São eles, nada
mais nada menos, que os fe-ro-mô-nios: impressões olfativas, as quais,
supõe-se, a exemplo das impressões digitais: são únicas!
O nariz, quem diria, é o principal órgão sexual de união, contato e descarte da nossa natureza humana!
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