terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Jornalismo Rio-São Paulo, o Eixo do Mal!


A pergunta com a qual inicio este texto é: Qual será a máscara que a direita será capaz de colocar para enfrentar a derrota de 2014, se continuar com destilação de ódio ao invés de debate de idéias?

As grandes redes midiáticas tupynambás, após intensas e mascaradas ofertas seguras de informação, fizeram com que as tribos espalhadas nestas terras acreditassem que as duas maiores torcidas de futebol representativas do povo brasileiro são aquela do Rio e aquela outra de São Paulo.

É claro que é um assunto polêmico, pois as respostas passionais serão sempre em manifestação contrária, com alaridos e sons agudos, mas um dia esta farsa cai por terra. Mas São Paulo e Rio de Janeiro têm juntos  60 milhões de habitantes, quase um terço da população nacional. Mas São Paulo e Rio de Janeiro não representam sozinhos os interesses dos outros 2/3.

Se isto fosse verdade, os governadores e os prefeitos destas capitais seriam os porta-vozes da vontade municipalista nacional, mas sabemos que isto não é verdade.

Esta mesma analogia vai por outros caminhos. O mundo que acompanha o noticiário brasileiro têm a impressão de que o país nunca esteve tão mal. Explodem os casos de corrupção, a crise ronda a economia, a inflação está de volta, e o país vive imerso no caos moral. Isso é o que querem nos fazer crer as redações jornalísticas do eixo do Mal - Rio – São Paulo. Com seus príncipes do jornalismo, eles investem pesadamente no caos com duas intenções: inviabilizar um governo popular e destruir a imagem pública do Lula.


Não há  limites da retórica de ódio contra o ex-presidente e a esquerda. Até uma falsa esquerda está nascendo agora, vindo do Nordeste, para tentar encobrir os desgastes da atual. Como e porque estes profissionais da imprensa, supostamente preparados para a arte de repassar informações, se aventuram em um discurso tão cruel e tão covarde? O câncer de Dilma e o de Lula foram, por exemplo, foram comemorados com êxtase total, com orgasmos múltiplos e sorrisos largos. 

O querem estas pessoas? Uma guerra civil? Morte por pensar diferente? Paredão para os adversários políticos? Um golpe militar? O que querem estas pessoas? 

Já disseminaram o ódio. Declaram publicamente que a esquerda brasileira é maligna, cruel, corrupta, desonesta, nefasta, inoperante, etc, etc, etc. Só eles, o Eixo do Mal, é que são santos, honestos, pai dos pobres e protetores da nação. Só eles tem a chave que abre o Brasil para o futuro...

É interessante que estiveram com esta chave na mão de 1808 a 2002, guardada, sempre escondida, oculta do povo. 

Como os jornais do Eixo Mal sempre fizeram sua parte na cínica defesa da ditadura, recorro a um jornal da Europa, com texto da época, para refrescar a memória:

O periódico El País, principal jornal da Espanha, publicou em sua edição de 2/11/2002, uma análise em que critica a herança deixada por FHC Cardoso para Lula, principalmente no que se refere à dependência externa. O artigo destaca que FHC foi o teórico da dependência e na prática quem mais a estimulou. Sobrou para Lula a tarefa de procurar uma saída para o País. O jornal espanhol diz que "os interessados profetas da catástrofe progressista prevêem toda sorte de desgraças para o Brasil quando Lula assumir o poder, mas se esquecem de dizer que a atual situação do país não pode ser mais dramática. 

Com um crescimento que em 2002 chegará a apenas 1% - um dos mais baixos de sua história -uma dívida pública de mais de R$ 600 bilhões, a maior parte da população economicamente ativa trabalhando na economia paralela". O artigo destaca que "essa herança vem das mãos de um intelectual político que aplicou durante oito anos, com profissionalismo e diligência, o modelo social liberal do equilíbrio econômico, a flexibilização trabalhista e o neoliberalismo financeiro dominante nos países do norte. Seu fracasso, pois, mais que o fracasso de um homem, é o fracasso de um sistema"

É isto aí!

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