Mais uma vez parece que o Oriente Médio poderá ser o fator decisório no resultado das eleições apache&sioux. A crise instalada contra o Irã é semelhante em tudo à crise instalada contra o Iraque, na morna campanha eleitoral da dinastia Bush de vinte anos atrás. Tanto nesta como naquela versão, o inimigo tinha instalações nucleares e mais algumas semanas seriam suficientes para ter sua Rosa de Hiroshima, a rosa com cirrose, a anti-rosa atômica, sob a licença poética de Vinícius de Moraes.
Já no Velho Continente, nesta sexta-feira, milhares de milhares de pessoas da Espanha, Itália e Grécia foram às ruas contra a pior crise sócio-econômica, mesmo diante da demagógica e simbólica indicação do Prêmio Nobel da Paz.
Em Madrid, o Movimento dos Indignados, vestido de Palhaço, foram ao embate, sob aplausos da multidão e cacetete da repressão.
Em Barcelona, a presença militar em desfile nacional, foi aos tapas e encontrões contra os nativos.
O líder húngaro e o da Bósnia falaram até secar a saliva, contra a indicação ao Prêmio. Não falaram nestas palavras mas ficou parecendo algo como premiar uma cafetina por manter as suas moças com aparência virgem...
Na Itália os jovens de todo país foram às ruas contra o estrangulamento das verbas para a Educação.
Enquanto isto, na capital da Europa e da Bélgica, Bruxelas, seis manifestantes foram presos enquanto protestavam diante de um prédio onde ocorria um refinado almoço para os ricos de sempre.
E como tudo se liga por vários sinais e vários canais, no meio de toda esta confusa situação européia, os líderes deste continente decidiram nesta sexta-feira promover radicais sanções contra o Irã. Tudo muito igual ao que já vimos contra o Iraque...pensem nas crianças...pensem nas meninas...pensem nas mulheres...
É isto aí!
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