quinta-feira, 1 de maio de 2014

No divã da Pitangueira - o iPhone

Belinha tinha uma paixão que mais parecia uma doença neuro-degenerativa, destas que provocam o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade dos amantes.

Desde quando tem isto, Belinha?

Desde o início de mim, acho, por que está dentro de mim. Não me vejo neurótica, apenas contemplo toda minha jornada, de maneira única. Eu li numa revista, sabe, que disse que eu tinha um tal de amor patológico, só por que dizem que sou dependente dele, 

E você tem obsessão por ele?

Não dá para negar, chega a um ponto que o amor ficou obcecado e euzinha deixei a minha vida para viver a dele.

E os amigos? A família?

Deixei os amigos, e ele ocupa mais espaço do que a minha família, o trabalho e outros afazeres, 

Entendo. Tem medo de perdê-lo?

Um medo incontrolável.

Belinha, não há um quadro instalado de depressão, fobias - como a síndrome do pânico - e ansiedade. É só uma dependência mesmo, que é possível de tratar se você concordar em ter uma mudança de atitude. Está disposta a acabar com este sofrimento? 

Ah, não... nada substitui meu iPhone 5s de 64 gb.

É isto aí!

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